sexta-feira, 18 de junho de 2010

Estresse: o mau da civilização moderna


Estresse é um fenômeno psicofísico que sempre existiu no comportamento humano. Desde os primórdios de nossa vida neste planeta a natureza nos muniu de um dispositivo de percepção que coloca nosso corpo em estado de alerta contra possíveis ameaças e perigos, independentemente da vontade externa, de nossa própria vontade e muitas vezes até mesmo da razão. Essa quando requisitada, participa apenas da construção da estratégia de controle para melhor lidar com o agente estressor.
Mudadas as condições ambientais em que vivemos e produzimos (processo civilizatório) o comportamento de reação também se modificou. Ao invés de nos refugiarmos em cavernas e utilizarmos a tocha de fogo para afugentar o animal que nos atacava, começamos a traçar estratégias, mecanismos que nos permitiram banir o medo e dissipar os inúmeros perigos que nos ameaçam diariamente.
O lobo passou a ser o chefe, o tigre transformou-se no concorrente, a matilha virou família, o campo de guerra o trânsito e assim por diante.
Não existe atualmente nenhum âmbito da vida civilizada ou moderna que não esteja impregnado pelo estresse. A produção, a educação, o lazer, a comunicação, as relações humanas, o amor, a sexualidade e até mesmo a saúde. Esta última apenas a conquistamos se nos estressarmos para mantê-la através dos permanentes cuidados com a alimentação, prática regular de atividades físicas, terapias dentre outros.
Portanto é impossível o homem viver sem o estresse. Ele é que nos move para a produção intelectual, tecnológica, industrial e científica. Sendo assim, porque para algumas pessoas o estresse se torna prejudicial? Antes, porém, devemos destacar que o estresse pode acometer qualquer pessoa nos nas mais diversas fases do desenvolvimento humano. É importante ressaltar que o mecanismo do estresse é individual, ou seja, uma situação que para uma pessoa pode ser corriqueira, pode ser muito desgastante para outra. Isto acontece pelo fato de que cada ser humano tem um jeito de avaliar e resolver os problemas.
Os sintomas mais comuns do estresse são; tensão muscular, taquicardia, respiração acelerada, dilatação da pupila, excesso de suor, tristeza, bruxismo, dor de cabeça, diarréia, dor na coluna, sentimento de medo e agressividade, fixação sobre um determinado problema, alteração no desempenho de atividades rotineiras, perda de memória, fala desordenada dentre outros.
A seguir apresentamos algumas dicas para melhorar seu estilo de vida e diminuir seu nível de estresse.

No trabalho
  • Orientar e treinar estratégias mais adequadas para lidar com o estresse, melhorando a qualidade de vida;
  • Orientar hábitos saudáveis eliminando os fatores externos ao estresse como o excesso de ruídos e iluminação;
  • Treinar posturas corretas durante o trabalho. No caso dos digitadores, evitar os punhos flexionados, estendidos ou em desvio lateral;
  • Treinar a redução de movimentos repetitivos e o grau de tensão;
  • Dar pausas de descanso, interrompendo a tarefa, com exercícios respiratórios e físicos ou atividades de relaxamento e descontração que compensem as posições estáticas.

Em casa

  • Desenvolver atitudes positivas e mais saudáveis de bem estar emocional visando manter a auto-estima. Praticar a capacidade de relaxamento profundo através da respiração e repouso em ambientes tranquilos como ao ar livre;
  • Praticar exercícios aeróbicos – caminhadas, natação, ciclismo sistematicamente;
  • Não deixar que a atividade profissional domine todo o seu tempo. Disponha de tempo para lazer, inclusive os de caráter social;
  • Valorizar os períodos de lazer, não transformando as férias numa maratona em busca do tempo perdido;
  • Reservar um espaço para o passatempo preferido;
  • Não levar para casa, os problemas do trabalho. Se o trabalho é desgastante, dedique-se em casa a tarefas que deêm satisfação;
  • Ingerir alimentação balanceada, rica em fibras e em vitaminas, principalmente do complexo B, vitamina A, C e cálcio.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Sérgio!
Quero parabenizá-lo pela qualidade do blog. Aproveito a oportunidade para destacar a importância de discutirmos sobre o estresse. Afinal, o estresse parece que está na moda. Tudo é culpa do estresse; cansaço, falta de interesse, irritação. Quero dizer com tudo isso, que como vc mesmo disse, devemos ter clareza para distinguirmos doença de falta de sensibilidade para com as outras pessoas que muitas vezes não são responsáveis por determinados problemas em nossas vidas.
Obrigado pelo espaço.
Rogério - Mato Grosso

Ponto de Equilíbrio disse...

Obrigado pelos elogios Rogério. Fique a vontade para fazer novos comentários e continuar participando do meu blog. Concordo com você no que se refere ao modismo do estresse. Na verdade é comum nossa sociedade fazer modismo com diversas doenças como fora o caso a pouco tempo da depressão. Diante desta realidade devemos como apresentado por você Rogério, termos muito clareza de patologia e fases ou momentos de vida difíceis de serem vencidos. Portanto, estresse é doença sim e merece a atenção de toda população visto as possíveis complicações que a mesma pode proporcionar como já mencionado na tag.

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