domingo, 22 de maio de 2011

Pensamento da Semana

Pergunte ao Psicólogo


Antes de mais nada, gostaria de agradecer a oportunidade de me informar com você.

Tenho um filho de quase oito anos que é o príncipe de nossa casa. Moramos eu, meu esposo e ele em um apartamento de dois quartos, no qual um é o quarto dele.

Agora, estou grávida e sinceramente não sei como posso dar a notícia para o meu filho. Ele não vai reagir bem, porque não vai querer dividir o mundinho dele. Temo que ele se volte contra mim. Quero fazer da melhor maneira possível. Mas acho que estou em uma situação confusa. Me ajude, por favor.

Andréia.

Olá Andréia! Realmente confusa é a melhor maneira para descrever sua atual situação. Grande parte dos genitores apresenta esta dúvida. Então não se preocupe tanto porque outros já vivenciaram esta situação e o melhor; conseguirem superar com louvor. Bem acredito ser importante destacar que toda criança apresenta capacidade de adaptação e superação quando defrontados a novas situações. Não podemos esquecer Andréia que esta condição é inerente ao ser humano. Será que você não estaria subestimando esta capacidade de seu filho? Além do mais seu filho não consegue viver em seu “mundinho” integralmente. Será que a tia da escola o poupa das cobranças necessárias a qualquer estudante? E o círculo de amigos dele? Será que o poupa quando ele manifesta comportamentos inadequados? E o professor de inglês ou de determinada prática esportiva? Será que não exige comportamentos adequados para uma criança de oito anos? Em resumo Andréia; uma educação de qualidade está pautada em auxiliar as crianças a lidarem com suas frustrações e medos. A vida por vezes irá apresentar ou até mesmo exigir comportamentos que muitas vezes não apresentamos.

Será que revelação desta gravidez não estaria sendo mais dolorosa para você e/ou seu esposo? Afinal com esta revelação você estaria de confrontando com um fato real, ou seja, o príncipe cresceu. Não é mais o seu bebê é chegado a hora de outro assumir esta função na dinâmica familiar. E acredite, quando antes você apresentar esta nova realidade menos conflitos irão acontecer. Portanto, ao revelar a gravidez sugiro que aconteça tudo de forma tranqüila, em um ambiente aconchegante que o seu primogênito goste. É de grande relevância que seu esposo também esteja presente. Não se esqueça; estamos falando de sistema familiar. Como você se apresenta insegura treine a forma como você gostaria de falar com seu filho. Damos o nome desta técnica de treino comportamental. Levante os pontos que você considera mais relevante e que não poderiam deixar de serem apresentados.

Outra questão de extrema importância é de demarcar o esquema e a função do filho primogênito na dinâmica familiar, ou seja, ele não pode se sentir coagido, como se estivesse perdendo espaço na casa ou no “coração” do papai e da mamãe. Deixe que ele expresse seus pensamentos e sentimentos. Caso ele apresente um comportamento inadequados tenha paciência. Afinal nos estamos falando de um assunto muito importante e geralmente os “príncipes” costumam apresentar comportamentos pirracentos como choro sem aparentes motivos e baixa tolerância à frustração.

Andréia é importante que você não crie armadilhas que a impeçam de vivenciar este momento tão importante que é a gestação. O sentimento de culpa é algo que ilustra claramente meu posicionamento.

Proporcionar uma interação entre os irmãos também é uma variável de extrema relevância para a questão apresentada. Assim, ele o seu primogênito para escolher algumas roupinhas, o nome do irmão bem como proporcionar um espaço para que ele opine sobre as alterações do quarto.

Portanto Andréia, não tenha medo de ser mãe, ou seja, de acolher e auxiliar eu filho nesta nova etapa no desenvolvimento humano.

Por fim, agradeço sua participação destacando a importância do processo psicológico de orientação de pais. Caso considere necessário busque maiores informações sobre o processo de orientação psicológica mediada por computador no link serviços prestados.

terça-feira, 17 de maio de 2011

18 de maio dia da luta antimanicomial

Texto retirado do boletim informativo do Conselho Federal de Psicologia
Em todo o país, o Dia Nacional de Luta Antimanicomial é comemorado no dia 18 de maio. Nos anos 70, a manifestação ganhou força quando a sociedade começou a questionar o tratamento dados aos usuários da saúde mental. Hoje, 24 anos depois da primeira ação, os colaboradores do manifesto buscam conscientizar a população para que os usuários da saúde mental sejam cada vez mais respeitados e acolhidos, com direito a um convívio social e a possibilidade de exercer a cidadania.

Agora, o momento é de avançar na reforma psiquiátrica a partir das deliberações doRelatório da IV Conferência de Saúde Mental. Para o Presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto

Verona, a expectativa é que os Governos responsáveis possam validar a implementação da reforma psiquiátrica no Brasil, conforme as indicações presentes no Relatório da IV Conferência de Saúde Mental. “O

Relatório indica um modelo substitutivo de saúde mental aos hospitais psiquiátricos e avalia que dispositivos como o Centro de Atenção Psicosocial, (CAPs), Centro de Convivências e Serviços Residenciais Terapêuticos sã! ;o alternativas substitutivas ao modelo atual”, ressalta Humberto Verona. “A Conferência foi o espaço de debate onde reafirmou que esse é o caminho que devemos seguir”, completou.

Para dar continuidade aos trabalhos, as manifestações da Luta Antimanicomial se espalham cada vez mais no Brasil e buscam sensibilizar o Estado e o Governo a implantarem sistemas substitutivos em postos de saúde pública. A proposta é que os manicômios deixem de existir e sejam substituídos por dispositivos como o Centro de Atenção Psicosocial, os CAPs.

Neste ano, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Bahia, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, usuários, familiares e colaboradores preparam desfiles, passeatas, atividades educativas, reflexões, apresentações artísticas e debatem o tema a favor de tratamentos mais humanizados e a reformulação do modelo de assistência aos usuários da saúde mental.

Vale ressaltar que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) defende a completa substituição do modelo manicomial pelo tratamento em liberdade e a perspectiva da participação social. Portanto, apóia a Lei da Reforma Psiquiátrica (nº 10.216/2001) e luta pela efetiva implementação dessa política e que convoca a sociedade ao olhar e à ação solidária em nome da possibilidade da garantia da igualdade na diversidade.

Por meio deste boletim especial, o CFP convida a todos a participar nesta terça-feira (17), às 19h, para um bato papo no twitter (http://www.twitter.com/cfp_psicologia) com o Presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Verona e com a Ex-Coordenadora de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, atualmente conselheira do CRP/04 e militante do Fórum Mineiro de Saúde Mental, Marta Elizabeth. A proposta é tratar da Luta Antimanicomial via webcam, onde os internautas aproveitam a oportunidade para tirar dúvidas e fazer perguntas sobre o tema em tempo real. A atividade será sediada pelo Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-04)