sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal!

domingo, 16 de outubro de 2011

Obesidade e a importância da Psicologia


A obesidade hoje em dia atinge cerca de um terço da população mundial e por isso é chamada de “epidemia” do terceiro milênio. No Brasil, 36% da população é obesa ou está acima do peso, segundo o IBGE. Esses dados são alarmantes porque a obesidade está associada com várias doenças, como o diabetes, a hipertensão arterial, doenças cardiovasculares (que levam, por exemplo, a derrame cerebral), lesões articulares e maior risco de certos tipos de câncer.

Assim, a obesidade é um problema médico sério. Suas causas são múltiplas, envolvendo fatores genéticos, metabólicos, comportamentais, culturais e sociais. Infelizmente a obesidade costuma ser tratada de forma inadequada porque vem sendo, há muito tempo, entendida como resultado de distúrbios psicológicos ou problemas morais.

O obeso vem sendo visto “como uma pessoa de baixa auto-estima ( só alguém que se odeia pode ficar assim deformado ), com limitações intelectuais ( deve ser burro... sabe que se comer tanto engorda, mas mesmo assim se entope de comida ), com mau funcionamento mental ( é muito ansioso: come para descontar a angústia , troca o afeto por comida , em vez de ter uma vida sexual adequada, sublima seus desejos através da comida ), covarde ( se esconde por trás daquela capa de gordura ) e egoísta ( fica deste tamanho para ocupar mais espaço no mundo )”. Pensava-se também que haveria uma personalidade típica dos obesos ou que eles não teriam personalidade, ou ainda, que seriam preguiçosos. Mas isso não é verdade.

Todas essas idéias não têm a menor base científica e contribuem para o grande estigma social que traz estresse e sofrimento aos obesos, comprometendo sua qualidade de vida.

Os empregadores, por exemplo, relutam em contratar pessoas gordas. Em uma pesquisa realizada nos EUA, 16% dos empregadores disseram que não contratariam mulheres obesas. Os candidatos obesos de ambos os sexos são descritos como "menos competentes, menos produtivos, desorganizados, indecisos e inativos." Além disso, os obesos recebem salários menores que não obesos nos mesmos cargos.

Mesmo entre crianças o preconceito contra a obesidade é marcante e as crianças obesas são segregadas pelas demais. Em outro estudo norte-americano foram mostradas para várias crianças fotografias de uma criança obesa e de outras crianças com problemas físicos e deformidades. Pediu-se, então, que apontassem qual das fotos a mais difícil de se gostar e qual criança que não queriam ter como amiga. A mais escolhida foi a foto da criança obesa. A explicação dada pela mairoia do grupo foi que enquanto as demais crianças eram vítimas de um infortúnio, a obesa era responsável por seu próprio problema . Logo era alguém com atributos negativos. Pesquisas semelhantes realizadas com adultos obtiveram resultados semelhantes.

Não é difícil, portanto, entender que os problemas que os obesos enfrentam no dia a dia em função do seu tamanho, podem levar ao aparecimento de sintomas ansiosos e depressivos. A presença de distúrbios emocionais não é necessária para o aparecimento da obesidade.

Os obesos não são pessoas mais complicadas ou comprometidas que as demais. Pessoas obesas que estão em tratamento apresentam mais sintomas depressivos, ansiosos e de transtornos alimentares. Quanto mais grave a obesidade, maiores os níveis de psicopatologia. Ou seja, a obesidade é a causa dos transtornos psicológicos e psiquiátricos e não a conseqüência dos mesmos.

A presença de problemas psicológicos decorrentes da obesidade pode influenciar de forma negativa no resultado dos tratamentos para redução de peso. Por isso, é fundamental que eles sejam diagnosticados e tratados de forma responsável e séria por profissionais capacitados (psiquiatras e psicólogos).

Dentre os distúrbios psíquicos relacionados à alimentação, o mais freqüente entre obesos é o transtorno do comer compulsivo, também chamado Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP). Está provado que mais que 30% dos indivíduos que buscam tratamento para obesidade têm TCAP; alguns trabalhos chegaram a encontrar taxas de 50%. Cabe ressaltar que 95% dos indivíduos com TCAP também têm depressão(1). Um outro padrão alimentar alterado igualmente freqüente em pacientes obesos é a Síndrome do Comer Noturno que se caracteriza por hiperfagia (isto é, exagero alimentar) noturna, insônia e anorexia matinal.

Fica clara, assim, a importância da psiquiatria e da psicologia na luta contra a obesidade.

Pense bem: como uma pessoa que come compulsivamente, que está deprimida ou que tem hiperfagia noturna vai conseguir seguir um plano alimentar?

Não se deixe enganar: tratamentos mágicos, que não consideram estes aspectos, não podem ter sucesso. Indivíduos obesos que já tentaram inúmeros tratamentos podem ser tentados a experimentar dietas, medicamentos ou preparações que alegam promover perda de peso rápida e de grande monta. Com isso caem em mãos de pessoas ou empresas antiéticas e vão perder tempo, dinheiro e o que é pior, a esperança de melhorar. O tratamento bem sucedido da obesidade, além de envolver o manejo das questões clínicas, nutricionais e de atividade física, tem que passar, necessariamente, pela abordagem psicológica.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Campanha Nacional de Doação de Órgãos


Em todo o país se comemora no dia 27 de setembro a doação de órgãos. Um dos objetivos principais desta data pauta-se em desmistificar o processo de doação de órgãos e tecidos em nosso país.
O assunto é ainda pouco abordado junto a população. Por este motivo escrevo esta tag. Nesta você poderá obter maiores informações sobre o assunto. Se você é a favor da vida não pode deixar de ler, encaminhar e comentar sobre o tema.

O que é transplante?

É um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas...) de uma pessoa doente (RECEPTOR) por outro órgão ou tecido normal de um DOADOR, vivo ou morto. O transplante é um tratamento que pode salvar e/ou melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.

Quem pode e quem não pode ser doador?

A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnóstico que levou à morte clínica e tipo sangüíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação de órgãos a não ser para aidéticos e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão.

Por que existe poucos doadores? Temos medo de doar?

É uma das razões, porque temos medo da morte e não queremos nos preocupar com este tema em vida. É muito mais cômodo não pensarmos sobre isso, seja porque "não acontece comigo ou com a minha família" ou "isso só acontece com os outros e eles que decidam".

Quero ser doador. O que devo fazer?

Todos nós somos doadores, desde que a nossa família autorize. Portanto, a atitude mais importante é comunicar para a sua família o seu desejo de ser doador.

Quero ser doador. A minha religião permite?

Todas as religiões têm em comum os princípios da solidariedade e do amor ao próximo que caracterizam o ato de doar. Todas as religiões deixam a critério dos seus seguidores a decisão de serem ou não doadores de órgãos. Veja a posição de algumas:

Judaica - Nada mais judaico do que salvar uma vida

Anglicana - Doação de órgãos, um ato de amor a serviço da Vida

Católica Romana

Umbanda e cultos Afro-brasileiros

Doutrina Espírita

Quando podemos doar?

A doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Em geral, nos tornamos doadores em situação de morte encefálica e quando a nossa família autoriza a retirada dos órgãos.

O que é morte encefálica?

Morte encefálica é a parada definitiva e irreversível do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), provocando em poucos minutos a falência de todo o organismo. É a morte propriamente dita. No diagnóstico de morte encefálica, primeiro são feitos testes neurológicos clínicos, os quais são repetidos seis horas após. Depois dessas avaliações, é realizado um exame complementar (um eletroencefalograma ou uma arteriografia).

Uma pessoa em coma também pode ser doadora?

Não. Coma é um estado reversível. Morte encefálica, como o próprio nome sugere, não. Uma pessoa somente torna-se potencial doadora após o correto diagnóstico de morte encefálica e da autorização dos familiares para a retirada dos órgãos.

Como o corpo é mantido após a morte encefálica?

O coração bate à custa de medicamentos, o pulmão funciona com a ajuda de aparelhos e o corpo continua sendo alimentado por via endovenosa.

Como proceder para doar?

Um familiar pode manifestar o desejo de doar os órgãos. A decisão pode ser dada aos médicos, ao hospital ou à Central de Transplante mais próxima.

Quem paga os procedimentos de doação?

A família não paga pelos procedimentos de manutenção do potencial doador, nem pela retirada dos órgãos. Existe cobertura do SUS (Sistema Único de Saúde) para isso.

O que acontece depois de autorizada a doação?

Desde que haja receptores compatíveis, a retirada dos órgãos é realizada por várias equipes de cirurgiões, cada qual especializada em um determinado órgão. O corpo é liberado após, no máximo, 48 horas.

Quem recebe os órgãos doados?

Testes laboratoriais confirmam a compatibilidade entre doador e receptores. Após os exames, a triagem é feita com base em critérios como tempo de espera e urgência do procedimento.

Quantas partes do corpo podem ser aproveitadas para transplante?

O mais freqüente: 2 rins, 2 pulmões, coração, fígado e pâncreas, 2 córneas, 3 válvulas cardíacas, ossos do ouvido interno, cartilagem costal, crista ilíaca, cabeça do fêmur, tendão da patela, ossos longos, fascia lata, veia safena, pele. Mais recentemente foram realizados transplantes de uma mão completa. Um único doador tem a chance de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas.

Podemos escolher o receptor?

Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre indicado pela Central de Transplantes. A não ser no caso de doação em vida.

Quem são beneficiados com os transplantes?

Milhares de pessoas, inclusive crianças, todos os anos, contraem doenças cujo único tratamento é um transplante. A espera por um doador, que muitas vezes não aparece, é dramática e adoece também um círculo grande de pessoas da família e de amigos.

Existe algum conflito de interesse entre os atos de salvar a vida de um potencial doador e o da retirada dos órgãos para transplante?

Absolutamente não. A retirada dos órgãos para transplante somente é considerada depois da morte, quando todos os esforços para salvar a vida de uma pessoa tenham sido realizados.

Qual a chance de sucesso de um transplante?

É alta. Mas muita coisa depende de particularidades pessoais, o que impede uma resposta mais precisa. Existe no Brasil pessoas que fizeram transplante de rim, por exemplo, há mais de 30 anos, tiveram filhos e levam uma vida normal.

Quais os riscos e até que ponto um transplante interfere na vida de uma pessoa?

Além dos riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte, os principais problemas são infecção e rejeição. Para controlar esses efeitos o transplantado usa medicamentos pelo resto da vida. Transplante não é cura, mas um tratamento que pode prolongar a vida com muito melhor qualidade.

É chegada a hora de ter um bebê?


Ter filhos, dar espaço para eles na relação implica em várias decisões e avaliá-las com rigor pode ser um bom começo para esta emocionamente aventura.

Na verdade o que determina quando é chegada a hora de um casal se transformar em família é o emocional, o psicológico: o estar preparado enquanto casal para assumir esta responsabilidade e arcar com ela para todo o sempre, já que ter um filho é uma decisão sem volta.

Mas existem alguns parâmetros que ajudam a avaliar se o momento que vocês estão vivendo e pelo qual passa a relação é o mais indicado, e se o filho vai chegar numa boa hora para os dois.

A relação vai bem e o filho só vem a acrescentar?

Filho não é a solução para nenhuma crise conjugal e não evita o naufrágio do casal.

Pelo contrário, nos primeiros tempos, uma criança significa uma revolução tão grande que até os mais sólidos casamentos podem balançar temporariamente. Portanto, ter filhos só pode ser decidido num momento de estabilidade da relação.

O desejo de ter um filho é comum aos dois?

Os bebês não vem mais ao mundo "sem querer", as gestações ocorrem pelo desejo de ter um filho quer seja consciente ou inconsciente. O que garante o afeto e o amor ao bebê que está chegando é a certeza de que ele chegou com mútuo consentimento e desejo dos dois.

Existe uma pré- disponibilidade interna de cada um em abrir mão de uma vida mais descompromissada em prol do bebê que vai chegar?

Essa terceira pessoa que vem se juntar ao casal, exige cuidados, carinho e disponibilidade dos dois. Se os companheiros estão dispostos a lidar com os medos e ansiedades da gestação, com as noites maldormidas sem se sentir lesados por isso é um bom indicio de que é chegada a hora.

O momento foi planejado considerando os prós e contras da vida profissional de cada um?

Hoje é comum que homem e mulher trabalhem fora. Um filho pode causar mudanças e sacrifícios à carreira, sobretudo da mulher, que vai diminuir ou interromper suas atividades profissionais por um tempo ou definitivamente. E ainda vai querer contar com a ajuda e presença do marido ao lado dela.

Se vocês estão de acordo sobre isso e não vêem o bebê como um empecilho, então este filho será bem- vindo.

Vocês acreditam que realmente chegou o momento, é agora ou nunca?

Só vocês dois de corações abertos podem avaliar. E se juntos chegarem a esta decisão, está na hora de encomendar o berço, começar a lista do enxoval e buscar orientação sobre essa nova tarefa a que vocês estão dispostos : a de ser pais.

E não se envergonhem de buscar ajuda profissional para desvendar os "segredos "da maternidade e da paternidade. Afinal se para tirar carteira de habilitação é necessário fazer uma série de provas e testes, para ser pai e mãe e conduzir uma criança que vai chegar são necessários : amor, disponibilidade, afeto e muita, mais muita orientação.

Plagiando Chico Buarque de Hollanda, que esse bebê que vai chegar seja "o fruto mais bendito do amor de vocês". E que com muito carinho possam arrumar o "berço" para este mais novo membro da família.

domingo, 28 de agosto de 2011

A importância da autoestima no trabalho

A autoestima pode ser considerada responsável pelo sucesso ou não, observando que nosso viver é o reflexo das visões de nós mesmos. Ao enfrentarmos desafios nossa autoestima eleva-se, nos capacitando aos desafios da vida, contribuindo para que se possa discernir e dominar os problemas, e supostamente viabilizar possíveis soluções. Branden (1998, p. 8) comenta que “a autoestima é a confian

ça em nosso direito de ser feliz, a sensação de que temos valor, de que somos merecedores, de que temos o direito de expressar nossas necessidades e desejos e de desfrutar os resultados de nossos esforços”. Ter e manter a autoestima elevada é sentir-se completo e ajustado à vida. É necessário descobrir-se para que os anseios mais íntimos se realizem, pois, a partir desse momento, o ser humano se descobre, passando a ser o próprio criador de seus atos.

Autoestima é a somatória de autoconfiança, de auto-respeito e de autoconhecimento. Para Abranches (1997, p.11) “Os ambientes positivos são próprios de pessoas com mente determinada para a construção e o triunfo no amor, nos negócios ou sobre si mesmas”. Quanto maior for a autoestima, mais preparado o ser humano estará para enfrentar as dificuldades da vida, a medida que se torna mais flexível, mais se torna ambicioso, resistindo muitas vezes à pressão do desespero e à derrota.

Não necessariamente somos lapidados na carreira ou assuntos financeiros, mas em experiências emocionais e criativas. Aumentam as probabilidades de mantermos relações mais saudáveis, inclinados para tratarmos os outros com respeito e boa vontade. Quando estamos bem conosco mesmo, tudo ao nosso redor reflete ou não, a produção do trabalho é maior, e a carga horária irá passar sem perceber, e os colaboradores não estarão ansiosos de chegar o horário para retirar-se do ambiente de trabalho.

Desenvolver a autoestima é aumentar a nossa capacidade de ser feliz. Ponto necessário e essencial para a realização de cada um. Todo ser humano é importante e precisa valorizar-se. Assim sendo, transmite confiança ao seu redor, passando sentimentos de respeito, de atenção e carinho. Há duas maneiras por meio das quais é possível elevar a autoestima, gerando mais autoconfiança e auto-respeito: vivendo conscientemente, tendo em mente o que se faz para poder crescer profissionalmente e pessoalmente e analisando sempre o próprio comportamento. Uma vida bem sucedida depende do uso adequado de nossa inteligência, isto é, do conjunto de metas que estabelecemos e dos desafios que enfrentamos.

“Uma atitude de auto-aceitação é precisamente o que o psicoterapeuta eficiente tenta despertar mesmo nas pessoas que tenham a pior autoestima possível”. (Branden, 1998, p.82). Pode–se aumentar a autoestima, com auto-aceitação, autenticidade, responsabilidade, benevolência e integridade; deve-se lembrar que autoestima não é determinada pelo mundo ou pela aparência física, pela popularidade ou por qualquer outro valor, independente de nossa vontade; e sim em função da racionalidade, honestidade e integridade que nos possibilita relações interpessoais saudáveis.

Saber fazer está intimamente ligado aos passos necessários para as pessoas aprenderem mais. Quando se fez bem, então ela sabe fazer. Querer fazer vincula-se à nossa motivação, ao nosso interesse, à nossa vontade. Quando isso acontece, superamos os obstáculos.

Ao agirmos na direção de fazer aquilo que é necessário, que vem da vontade, a autoestima imediatamente flui, revigora e nos deixa fortes, potentes. Todos podem e devem progredir melhorando a qualidade do pensamento, da fala, das ações e do direcionamento de suas potencialidades. Acontecendo isso, se observa o sentido do conhecimento, do interesse pelo progresso, do sucesso das pessoas. É necessário aprender ou estar consciente de que somos responsáveis pelo que queremos, pelo que sentimos e pelo que somos.

“A motivação se refere ao comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo, e que é dirigido em direção dos objetivos que possam satisfazer essas necessidades”. (Chiavenato 2002, p. 161)

REFERÊNCIAS

ABRANCHES, N. Aumente sua autoestima e transforme sua vida. São Paulo: Paulinas, 1997.

BRANDEN, N. O poder da autoestima. 8ª ed. São Paulo. Saraiva, 1998.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da Administração. 6ª ed. São Paulo. Campus, 2000.

Dia do Psicólogo



domingo, 14 de agosto de 2011


Gravidez masculina

Você sabia que indivíduos do sexo masculino podem “ficar grávidos”?

Tal quadro, denominado síndrome de Couvade, ou gravidez masculina, não está relacionado ao desenvolvimento do embrião no interior do corpo do indivíduo em questão, assim como acontece com as mulheres, e machos de cavalos-marinhos.

Esse fenômeno, até pouco tempo atrás ignorado pela classe médica, foi descoberto em 1965, pelo psiquiatra britânico Trethowan. Trata-se da manifestação de sensações semelhantes às da companheira grávida, tais como: ganho de peso, enjoos, manifestação de desejos, dor de cabeça e nas costas, alterações intestinais, vontade de urinar com muita frequência e oscilação de humor. Em alguns casos, inclusive, há o aumento do abdome masculino (pseudociese).


Os casos mais frequentes ocorrem em situações em que o pai:

- Terá seu primeiro filho;

- Possui idade mais avançada;

- Terá um “filho temporão”;

- Foi adotado na infância;

- É muito ansioso;

- Possui forte ligação afetiva e emocional com sua companheira gestante;

- Se solidariza fortemente com as dores e vontades da companheira.


Alguns estudos recentes apontam que pouco mais de 50% dos homens desenvolvem sintomas típicos da gravidez, em menor ou maior grau. Embora nem todos os fatores relacionados à sua manifestação sejam conhecidos; acredita-se que o quadro seja uma condição psicossomática, ou seja, uma espécie de resposta física a um estímulo emocional. Algumas pesquisas apontam, também, fatores hormonais, mas os resultados, pelo menos até segunda ordem, não são conclusivos.

A síndrome de Couvade tende a surgir em torno do terceiro mês, e desaparecer até o fim da gestação, naturalmente. No entanto, como pode se tornar um fardo e/ou durar um tempo maior; é interessante que, nesses casos, seja requerida a ajuda médica.

domingo, 5 de junho de 2011

Pensamento da Semana

Solidariedade uma forte aliança no combate as doenças


Não é difícil nos depararmos com notícias envolvendo adolescentes. Infelizmente grande parte destas nos remete a violência verbal ou física. Porém, nesta última sexta-feira (03/06) uma reportagem quebrou esta triste realidade. Adolescentes do interior de Minas Gerais aqui pertinho de casa em Governador Valadares rasparam a cabeça para recepcionar um colega que retornara da cidade de Belo Horizonte onde iniciara um tratamento contra um raro tumor neurológico. Isso mesmo, praticamente toda a escola incluindo alunos, professores e diretores aderiram a esta idéia simples e de grande relevância para o amigo com a doença. Penso ser interessante destacar esta homenagem uma vez que representa de forma clara o que chamamos de empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro. Ressalto que este sentimento não pode ser confundido com simpatia. É mais forte e inclusive um importante instrumento de trabalho para profissionais que integram a área de humanas.

Interessante pensarmos como foi a surpresa deste colega ao chegar à escola e se deparar com esta linda e porque não dizer emocionante homenagem. Há tempos o relacionamento humano tem sido objeto de estudo para a ciência. Diversas pesquisas já defendem a importância do apoio de amigos e familiares no processo de aceitação, manutenção e adesão junto a um determinado tratamento. Como todos sabem integro a equipe multidisciplinar do Centro de Terapia Renal Substitutiva do Hospital Márcio Cunha. Como psicólogo vivencio esta temática constantemente. Praticamente todos os dias deparo-me com pessoas recebendo o diagnóstico de insuficiência renal crônica. Choro, agito psicomotor, silêncio, diversos questionamento e negação são alguns dos comportamentos observados. Interessante destacar que os pacientes que demonstram um relacionamento mais harmonioso com a família ou cônjuge demonstram um processo de aceitação com menos dor buscando reforços nas mais diversas variáveis como a religião ou descoberta de novos talentos. Isso ocorre porque nosso corpo libera diversos hormônios quando estamos em contato com outras pessoas manifestando sentimentos de alegria permeados de sorrisos e toques.

Portanto, não se esqueça que você pode ser um ótimo remédio para quem está ao seu lado.

Para visualizar a reportagem mencionada no início acesse o link: http://g1.globo.com/videos/jornal-hoje/v/estudantes-raspam-os-cabelos-para-homenagear-colega/1526502/

domingo, 22 de maio de 2011

Pensamento da Semana

Pergunte ao Psicólogo


Antes de mais nada, gostaria de agradecer a oportunidade de me informar com você.

Tenho um filho de quase oito anos que é o príncipe de nossa casa. Moramos eu, meu esposo e ele em um apartamento de dois quartos, no qual um é o quarto dele.

Agora, estou grávida e sinceramente não sei como posso dar a notícia para o meu filho. Ele não vai reagir bem, porque não vai querer dividir o mundinho dele. Temo que ele se volte contra mim. Quero fazer da melhor maneira possível. Mas acho que estou em uma situação confusa. Me ajude, por favor.

Andréia.

Olá Andréia! Realmente confusa é a melhor maneira para descrever sua atual situação. Grande parte dos genitores apresenta esta dúvida. Então não se preocupe tanto porque outros já vivenciaram esta situação e o melhor; conseguirem superar com louvor. Bem acredito ser importante destacar que toda criança apresenta capacidade de adaptação e superação quando defrontados a novas situações. Não podemos esquecer Andréia que esta condição é inerente ao ser humano. Será que você não estaria subestimando esta capacidade de seu filho? Além do mais seu filho não consegue viver em seu “mundinho” integralmente. Será que a tia da escola o poupa das cobranças necessárias a qualquer estudante? E o círculo de amigos dele? Será que o poupa quando ele manifesta comportamentos inadequados? E o professor de inglês ou de determinada prática esportiva? Será que não exige comportamentos adequados para uma criança de oito anos? Em resumo Andréia; uma educação de qualidade está pautada em auxiliar as crianças a lidarem com suas frustrações e medos. A vida por vezes irá apresentar ou até mesmo exigir comportamentos que muitas vezes não apresentamos.

Será que revelação desta gravidez não estaria sendo mais dolorosa para você e/ou seu esposo? Afinal com esta revelação você estaria de confrontando com um fato real, ou seja, o príncipe cresceu. Não é mais o seu bebê é chegado a hora de outro assumir esta função na dinâmica familiar. E acredite, quando antes você apresentar esta nova realidade menos conflitos irão acontecer. Portanto, ao revelar a gravidez sugiro que aconteça tudo de forma tranqüila, em um ambiente aconchegante que o seu primogênito goste. É de grande relevância que seu esposo também esteja presente. Não se esqueça; estamos falando de sistema familiar. Como você se apresenta insegura treine a forma como você gostaria de falar com seu filho. Damos o nome desta técnica de treino comportamental. Levante os pontos que você considera mais relevante e que não poderiam deixar de serem apresentados.

Outra questão de extrema importância é de demarcar o esquema e a função do filho primogênito na dinâmica familiar, ou seja, ele não pode se sentir coagido, como se estivesse perdendo espaço na casa ou no “coração” do papai e da mamãe. Deixe que ele expresse seus pensamentos e sentimentos. Caso ele apresente um comportamento inadequados tenha paciência. Afinal nos estamos falando de um assunto muito importante e geralmente os “príncipes” costumam apresentar comportamentos pirracentos como choro sem aparentes motivos e baixa tolerância à frustração.

Andréia é importante que você não crie armadilhas que a impeçam de vivenciar este momento tão importante que é a gestação. O sentimento de culpa é algo que ilustra claramente meu posicionamento.

Proporcionar uma interação entre os irmãos também é uma variável de extrema relevância para a questão apresentada. Assim, ele o seu primogênito para escolher algumas roupinhas, o nome do irmão bem como proporcionar um espaço para que ele opine sobre as alterações do quarto.

Portanto Andréia, não tenha medo de ser mãe, ou seja, de acolher e auxiliar eu filho nesta nova etapa no desenvolvimento humano.

Por fim, agradeço sua participação destacando a importância do processo psicológico de orientação de pais. Caso considere necessário busque maiores informações sobre o processo de orientação psicológica mediada por computador no link serviços prestados.

terça-feira, 17 de maio de 2011

18 de maio dia da luta antimanicomial

Texto retirado do boletim informativo do Conselho Federal de Psicologia
Em todo o país, o Dia Nacional de Luta Antimanicomial é comemorado no dia 18 de maio. Nos anos 70, a manifestação ganhou força quando a sociedade começou a questionar o tratamento dados aos usuários da saúde mental. Hoje, 24 anos depois da primeira ação, os colaboradores do manifesto buscam conscientizar a população para que os usuários da saúde mental sejam cada vez mais respeitados e acolhidos, com direito a um convívio social e a possibilidade de exercer a cidadania.

Agora, o momento é de avançar na reforma psiquiátrica a partir das deliberações doRelatório da IV Conferência de Saúde Mental. Para o Presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto

Verona, a expectativa é que os Governos responsáveis possam validar a implementação da reforma psiquiátrica no Brasil, conforme as indicações presentes no Relatório da IV Conferência de Saúde Mental. “O

Relatório indica um modelo substitutivo de saúde mental aos hospitais psiquiátricos e avalia que dispositivos como o Centro de Atenção Psicosocial, (CAPs), Centro de Convivências e Serviços Residenciais Terapêuticos sã! ;o alternativas substitutivas ao modelo atual”, ressalta Humberto Verona. “A Conferência foi o espaço de debate onde reafirmou que esse é o caminho que devemos seguir”, completou.

Para dar continuidade aos trabalhos, as manifestações da Luta Antimanicomial se espalham cada vez mais no Brasil e buscam sensibilizar o Estado e o Governo a implantarem sistemas substitutivos em postos de saúde pública. A proposta é que os manicômios deixem de existir e sejam substituídos por dispositivos como o Centro de Atenção Psicosocial, os CAPs.

Neste ano, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Bahia, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, usuários, familiares e colaboradores preparam desfiles, passeatas, atividades educativas, reflexões, apresentações artísticas e debatem o tema a favor de tratamentos mais humanizados e a reformulação do modelo de assistência aos usuários da saúde mental.

Vale ressaltar que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) defende a completa substituição do modelo manicomial pelo tratamento em liberdade e a perspectiva da participação social. Portanto, apóia a Lei da Reforma Psiquiátrica (nº 10.216/2001) e luta pela efetiva implementação dessa política e que convoca a sociedade ao olhar e à ação solidária em nome da possibilidade da garantia da igualdade na diversidade.

Por meio deste boletim especial, o CFP convida a todos a participar nesta terça-feira (17), às 19h, para um bato papo no twitter (http://www.twitter.com/cfp_psicologia) com o Presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Verona e com a Ex-Coordenadora de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, atualmente conselheira do CRP/04 e militante do Fórum Mineiro de Saúde Mental, Marta Elizabeth. A proposta é tratar da Luta Antimanicomial via webcam, onde os internautas aproveitam a oportunidade para tirar dúvidas e fazer perguntas sobre o tema em tempo real. A atividade será sediada pelo Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-04)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Desejo uma Páscoa recheada de luz, saúde e muita paz

sábado, 9 de abril de 2011

Pensamento da Semana

Solidariedade; a dor compartilhada pelo Brasil


Torna-se praticamente inevitável não comentar sobre o terrível fuzilamento ocorrida na Escola Municipal Tasso da Silveira localizada no estado do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (07/04).

O resultado? 13 adolescentes mortos, 22 feridos e um assassino também morto após suicidar-se. Sem sombra de dúvidas este acontecimento abre mais uma vez uma grande discussão acerca de diversos problemas sociais ocorridos em nosso país como, por exemplo; falta de controle por parte de nossos governantes no que se refere ao contrabando de armas, violência exacerbada nas mais diferentes esferas, despreparo de profissionais, falta de ações profiláticas no que tange a saúde mental de nossa população dentre outros.

Bem! Após o atentado os canais de televisão não paravam de procurar de forma desesperada alunos, pais ou testemunhas que pudessem apresentar ou relatar o que de fato teria acontecido. Não sei se todos concordam comigo, mas inicialmente algumas informações não “batiam” quando nos remetíamos a outros canais de TV.

Sei que as intenções destes canais pautam-se grande parte das vezes em promover situações para que seu IBOPE aumente e consequentemente também seus lucros.

E diante desta realidade me chamou muito a intenção quando uma criança de aproximadamente 12 anos apoiada por sua genitora deu uma entrevista com grandes detalhes para os repórteres. Esse momento comoveu várias pessoas. Não se falava de outro assunto.

A menina ganhou um espaço na mídia. Não demorou ela já estava em uma das maiores emissoras do país participando de um programa de TV. Bem vestida, com o cabelo mais produzido e mais uma vez acompanhada por sua genitora.

Preocupa-me sinceramente a atenção que esta pré-adolescente tem recebido diante de um momento tão doloroso e marcante. Acredito que seja interessante pensarmos sobre este comportamento que estamos tendo. Refiro-me a nós, porque afinal de contas se assistimos e damos audiência para o programa também concordamos que esta atenção e supervalorização realmente se faz necessária.

Então me pergunto: será que depois de passado alguns dias os canais de TV continuarão a monitorar esta garota? Não podemos nos esquecer que a vivência de situações tão traumáticas podem desencadear uma cascata de problemas comportamentais e psicológicos como; crises de ansiedade, fobias, alteração na qualidade do sono e apetite, estresse pós-traumático dentre tantos outros. Acredito que seja interessante avaliar esta postura.

Outro ponto que gostaria de explanar está ligado as diversas reportagem e questionamentos que a mim foram reportados no que tange o quadro psicopatológico do assassino, ou seja, o mesmo poderia ser considerado um sociopata mais comumente conhecido como psicopata? A resposta é afirmativa. O cidadão em questão apresentava um comportamento de ira para com o ser humano especialmente para com as mulheres. Observando algumas entrevistas que nos reportavam a sua história de vida pôde-se identificar que o mesmo apresentava comportamento de agressividade em alguns momentos, de forma singela, nenhum interesse no contato humano, total falta de empatia e claro uma capacidade de encenação, afinal mesmo com esse “jeitinho estranho”, que em uma linguagem mais elaborada poderia ser descrito como fundo esquizóide conseguia manter um espaço em nossa sociedade para trabalhar e sanar suas necessidades mais básicas.

Vale ressaltar que o diagnóstico para sociopatia não é de simples elaboração. O profissional da saúde mental deve estar ancorado em seu arsenal teórico bem como de sua experiência prática para observar os mais singelos comportamentos para se chegar a tal diagnóstico.

Poderíamos ter evitado esta tragédia? Com certeza. O dia em que nossos governantes começarem a compreender o real motivo de suas funções poderemos viver de forma mais harmônica e porque não dizer estressante. Não temos mais tempo. É hora de começarmos a exigir leis mais severas diante do crime. Leis que possam punir não somente os pobres ou desprovidos de padrinhos. Presenciei através da mídia diversos governantes chorando dividindo a dor com a população. Não coloco tal comportamento em cheque. Todavia, destaco que choro não trará os abraços que tantos pais e mães não poderão receber dos filhos nas mais diversas comemorações.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Pergunte ao psicólogo


Email enviado por Juliana.

Boa tarde! Meu nome é Juliana, tenho 26 anos, sou casada e tenho um filho de 5 anos.

Em uma pesquisa da Internet, estava lendo sobre os transtornos de personalidade, e pelo que eu li sobre um deles o "Bordeline", posso dizer que tenho algumas coisas que se encaixam muito no que eu sinto.

Sou casada mais sou demais apegada ao meu marido, tenho a necessidade de saber ou ficar com ele 24 horas por dia, e quando ele se afasta por querer o próprio espaço eu sinto como se ele estivesse me rejeitando.

Não tenho um relacionamento muito bom com meu filho, muitas vezes não sei como ser mãe e pareço mais criança que ele.

Nunca me consegui sentir satisfeita em algum emprego que eu consegui, porque sempre encontro alguma coisa em que criticar e não me sentir valorizada, por isso não sinto um pingo de orgulho de quem eu sou, e do que eu tenho.

Tive alguns problemas familiares com meu pai e minha mãe, e por mais que eu me esforce não consigo lembrar nada da minha infância, já tentei olhar fotos ou conversar com algum familiar, mais não consigo ter nenhuma lembrança, só depois dos meus 15 anos mais ou menos.

Meu marido acha que eu tenho algum problema chegando muitas vezes a me chamar de louca, o que me deixa mais brava ainda, já cheguei a agredi-lo algumas vezes.

Gostaria de uma opinião uma ajuda.

Obrigada

Olá Juliana! Obrigado por participar deste espaço virtual que tem como um dos objetivos auxiliar o ser humano na construção de relações mais harmoniosas e assertivas. Aproveito para destacar que esta mensagem não deve ser compreendida como um diagnóstico psicológico e sim como a emissão de uma opinião diante de um fato apresentado.

Bem! Você nos dispõe diversas questões. Em primeiro lugar devemos destacar que uma relação conjugal deve apresentar alguns pilares; comunicação, silêncio e respeito. Apenas três palavras. Mas acredite, elas podem mudar de forma significativa nossas relações conjugais. Comumente diversos casais procuram uma terapia para polir ou adquirir as habilidades supracitadas.

Considero interessante destacar que não podemos confundir uma psicopatologia, ou seja, um transtorno de personalidade com comportamentos imaturos e pouco tolerantes. O primeiro refere-se a um conjunto de sinais e sintomas persistentes que acarretam uma perda social, afetiva, psíquicas e emocionais. Já o segundo pode ser caracterizado como um pobre ou pouco refinando processo de desenvolvimento na primeira infância podendo-se estender até a fase da adultez.

Juliana me chama a atenção o fato mencionado por você em relação a dificuldade de assumir seus papeis e funções sociais. Quero dizer que todos nós, adultos temos que desempenhar diversas atividades hora sendo profissional, pai, mãe, filhos, amigos dentre tantos outros. Aparentemente sua história de vida não pode ser considerada um conto de fadas. O sistema familiar do qual você é oriunda remete-nos a um sistema rígido, fechado para as relações internas e externas. É comum sistemas com estas características apresentarem pouco contato físico (abraço, carinhos e afagos). Estes comportamentos são de extrema importância para todo o desenvolvimento psíquico o que englobaria nossa autoestima, tolerância à frustração, capacidade de assertividade, auto-motivação, sociabilidade, empatia dentre tantos outros. Portanto, Juliana será que você não estaria ofertando a seu filho os mesmos ou poucos estímulos ofertados a você em sua infância?

Devo lembrá-la que ninguém pode escolher a função de filho, ou seja, ninguém pede para nascer. Todavia, todos nós podemos escolher o momento de ocupar a função paterna ou materna. Assustou-me quando você afirmou que em alguns momentos está se comportando de forma mais pueril que seu filho. Não será por esta razão que seu casamento esteja passando por algumas tribulações? Imagino que seu marido esteja interessado ao chegar em casa e encontrar uma família, ou seja, um filho com quem deseja brincar e amar e uma mulher com quem deseja amar e também “brincar”.

Juliana o casal sadio cria um momento para que cada um desenvolva atividades que proporcionem um bem estar seja através da prática de esportes, artesanato ou até mesmo por meu uma ação intelectualizada como leitura de livros ou estudos. O sentimento de amor não deve ser confundido com a sensação de posse ou também famoso e conhecido ciúmes. O tempero amargo das relações humanas. Assim como o excesso de sal prejudica todo os funcionamento fisiológico do nosso corpo o ciúme destrói todos os pilares de um relacionamento. Quem consegue conviver com alguém que nunca confia no que você diz?

Portanto, Juliana acredito ser interessante você buscar o auxílio de um profissional da Psicologia para auxiliá-la neste processo de construção e amadurecimento. Aproveito para destacar aqui o processo de orientação mediado por computador ofertado por este espaço. Nascemos com uma carga genética e desenvolvemos da maneira como nos é ensinada nossa vida psicológica. Todavia, todo ser humano é capaz de mudanças. Mas só é capaz de mudar Juliana quem se dispõe a dançar.

Por fim, destaco que não fui capaz permear todas as questões por você apresentadas. Destaquei, porém, as que considerei mais oportunas para seu momento vivencial.

Desejo-lhe um caminho de sucesso e lembre-se: cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.