quarta-feira, 28 de abril de 2010

Em Pouso Alegre, psicólogos debatem atuação junto ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS)

A reportagem aqui descrita fora retirada do Jornal da IV Psicologia nas Gerais. Descrevo na íntegra o texto.

Encontro na Região Sul ajudou a esclarecer desafios da Psicologia neste modelo de atendimento à população vulnerável: evento também trouxe o debate acerca da comunicação no país
Violência e exploração da infância, abandono familiar, abuso sexual, pobreza, preconceito e outras formas de desestruturação social acontecem, atualmente em todas as regiões de Minas Gerais, nos maiores e menores municípios e também na zona rural. Em Pouso Alegre, um dos pólos do sul do estado, essas questões foram compartilhadas pelos psicólogos e psicólogas da região que participaram do IV Psicologia nas Gerais, promovido pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP-MG). Para levantar o tema, a psicóloga Adriana Reis, da Secretaria Municipal da Assistência Social da cidade de Betim trouxe suas experiências junto ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
A atuação da Psicologia nesse campo ultrapassa o aspecto clínico. O psicólogo que atua junto ao SUAS deve estar pronto para ouvir mas, ao mesmo tempo, precisa trazer outros conhecimentos da Psicologia Social, do trabalho com idosos, com mães e de outras abordagens participativas. “Temos um desafio dentro da assistência social, que é levar o indivíduo a uma reflexão crítica da sua história. Temos que contribuir para que aquelas pessoas não sintam que estão, simplesmente, participando de reuniões para conversar de alguma coisa. Nossa função é tornar esse processo mais participativo”, enfatizou a psicóloga.

CRAS e CREAS
A estrutura que está sendo construída pelo SUAS conta, atualmente, com duas instâncias principais, o CRAS e o CREAS, com unidades espalhadas por todo o território nacional. O CRAS atende a chamada proteção básica da Assistência Social, ou seja, famílias em situação de pobreza, sem acesso aos serviços públicos básicos como saúde e educação ou em situações gerais de risco. O CREAS, por sua vez, atua nos serviços de proteção especializada a vítimas de violência, exploração, abuso sexual ou indivíduos cumprindo pena criminal em regime de liberdade assistida.
O objetivo do sistema é adequar a sua estrutura a cada localidade, de acordo com suas características, população e com o tipo de proteção social mais necessário aos indivíduos.
POLÍTICA PÚBLICA EM CONSTRUÇÃO
Apesar das iniciativas do SUAS para a promoção do direito à seguridade social, a rede de assistência ainda não é tão sólida e não atinge a todas as localidades com a mesma eficiência. Este foi um ponto levantado por grande parte dos psicólogos presentes no encontro em Pouso Alegre. A palestrante enfatizou a necessidade de outras iniciativas além do governo federal, nesse processo.
“Cidades como esta, Pouso Alegre, que é considerada uma cidade pólo, deveriam ter ações regionais de pólo nas questões da assistência social. Deveria haver, também consórcios locais entre os municípios para lidar com questões como a dos moradores de rua ou da criminalidade, que às vezes são menores do que aqueles dos grandes centros. Isso poderia ser tratado conjuntamente, dividindo resultados e estratégias”, defendeu Adriana.
A perspectiva da atuação do psicólogo no SUAS a partir da opinião do autor do blog
Devo esclarecer que atuo no Centro de Referência da Assistência Social – CRAS da cidade de Pingo D’água localizada no interior de Minas Gerais. Auxilie a implantação e estruturação desta modalidade de atendimento no município em questão. Para maiores informações convidamos a visitar o blog (www.craspd.blogspot.com).
Durante esses quatro anos de atuação como psicólogo do CRAS identifiquei alguns pontos levantados pelo artigo em questão. A primeira refere-se à atuação de nós, profissionais da Psicologia ultrapassar a intervenção clínica. Observo que grande parte da população que procura o atendimento na esfera da Assistência Social é composta por indivíduos e famílias que apresentam laços afetivos enfraquecidos pelo desajuste familiar, pelas dificuldades econômicas ou questões sociais como, por exemplo; abuso de substâncias psicoativas, violência doméstica dentre outros. Assim, as intervenções propostas devem ser pautadas além de uma sala de atendimento, visto diversas vezes termos que nos deslocar até a realidade de nosso usuário, ou seja, perceber na íntegra as contingências que atuam sobre o comportamento identificado como problema. Compreender o indivíduo ou família como fazendo parte de um sistema macro é outro ponto de relevância. Devemos sempre ao atender os usuários perceber sua realidade. As intervenções devem ultrapassar a relação entre o usuário e o profissional. Assim, identificamos outra questão; a importância dos trabalhos com grupos operativos. O profissional da Psicologia inserido na esfera da Assistência Social deve buscar aprimorar o trabalho com grupos visto este apresentar resultados mais eficazes. Através do grupo, os participantes sentem-se mais a vontade para expor seus pensamentos, medos e dúvidas. O grupo incentiva a participação dos familiares, favorecendo a mudança de comportamento através da troca de histórias e conhecimento, proporcionado assim, uma melhoria na qualidade de vida das pessoas inseridas.
Outra temática importante que deve ser mencionada pauta-se na realização do trabalho multi e interdisciplinar. O Psicólogo inserido no CRAS estará invariavelmente articulado com no mínimo um Assistente Social, um coordenador que deverá apresentar formação a nível superior aqui, comumente nos deparamos um a figura do Pedagogo além de profissionais de ensino médio que atuam como monitores junto aos usuários. Portanto, construir o papel do Psicólogo dentro de uma equipe tão mista é de extrema importância. Nos encontros que participei tanto na esfera estadual como municipal, na regional da SEDESE identifiquei diversos profissionais que apresentavam dificuldade na realização do seu trabalho. Ao realizar uma escuta mais detalhada pude identificar que grande das insatisfações apresentadas estavam pautadas em uma disputa entre os profissionais do Serviço Social e da Psicologia. Devo destacar a importância do constante diálogo entre estes profissionais visto, serem o carro chefe das atividades de um Centro de Referência da Assistência Social. Portanto, volto a destacar a mudança do paradigma de que Psicólogos não realizam visitas domiciliares, ou de que Assistentes Sociais não podem mediar uma reunião com grupos operativos. Acredito, portanto, que grande parte destas problemáticas está enraizada na articulação entre os conhecimentos científicos de cada profissão, ou seja, na interdisciplinaridade.
Outro fator que dificulta ainda a oferta de um trabalho mais eficaz e eficiente pauta-se nos nas poucas capacitações ofertados pelos governos municipais, estaduais e federal. A pouco tempo não havia um documento que norteasse de forma clara a atuação deste profissionais. Ressalto, que o CREPOP publicou em julho de 2008 uma
cartilha que facilitou a atuação do Psicólogo na temática do CRAS.
Assim, diante das questões apresentas verifica-se que o campo da Assistência Social é um caminho que deve ser traçado por nós, profissionais da psique. Muito ainda deve ser estudado para a concretização do Sistema Único da Assistência Social e acredito que nossa ciência pode, através da compreensão do comportamento humano ampliar as intervenções propostas por esta lei bem como demonstrar a importância da atuação dos Psicólogos nas mais diversas áreas de nossa sociedade.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pensamento da Semana


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Pergunte ao Psicólogo

Este espaço está destinado a todos os internautas que necessitem de alguma orientação sobre alguma questão emocional ou relacional. Ressalto que o espaço em questão não é caracterizado como análise de caso.Todas as respostas não são diagnósticas ou interpretativas. São respotas hípotéticas, visto caracterizar-se como a emissão de uma opinião diante do relato apresentado proporcinando assim, uma reflexão diante da questão levantada.
Solicito a não inclusão de dados como locais, nomes, fatos específicos que proporcionem a identificação das pessoas envolvidas na questão.
Os relatos devem ser encaminhados para o email: pontoterapeutico@gmail.com
Ressalto que os interessados em participar testa "tag" autorizam a publicação do material enviado no referido blog.

domingo, 18 de abril de 2010

O poder das palavras

Para nós, psicólogos não é nenhuma novidade que as palavras apresentam um poder na formação e desenvolvimento do ser humano. As palavras podem funcionar como um grande e importante instrumento na recuperação da saúde de diversos pacientes, independentemente da origem da patologia podendo esta ser de ordem física ou psíquica.
Diante desta premissa, profissionais que atuam no setor de oncologia do Hospital Mário Penna, localizado na cidade de Belo Horizonte criaram o projeto "DOE PALAVRAS". Para maiores informações vide vídeo. Entretanto, acredito ser de grande relevância esplanar sobre o espaço criado por esta equipe. Muito se tem debatido sobre o conceito de saúde. Diversos estudos vêm comprovando a importância das emoções no processo de recupação de pacientes, principalmente no setor de oncologia. Do ponto de vista psicológico os paciente que padecem de câncer comumente apresentam rebaixamento de tônus vital, da auto-estima, apatia, desesperança, depressão, crises constantes de choro,crises de ansiedade dentre outros. O tramento por si, é de difícil aceitação, visto o grande incomodo gerado. Assim, diante desta realidade a equipe utilizou da tecnologia para tornar o tratamento mais humanizado através de palavras de incentivo, carinho e fé. Afinal como dizia Ésquilo(dramaturgo grego);"As palavras são remédios para a alma que sofre".

Pensamento da Semana


Ter a oportunidade de construir novas amizades,de adquirir novos conhecimentos, de estar próximo as pessoas que a gente ama e as que são agradáveis;
Como é bom!
Estarmos de Coração aberto, para que essas oportunidades apareçam e entrem em nossa Vida... elas surgem...
Vivenciar esse tipo de experiência, certamente só vem a nos enriquecer, pois sempre são "recheadas" de novos aprendizados.
Tudo na Vida é assim...e estar receptivo de coração aberto faz toda a diferença!
Portanto, simplesmente permita-se.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Violência contra a mulher e suas conseqüências psicológicas

Desde 1991, a violência contra a mulher é reconhecida pela Organização Pan-Americana de Saúde - OPS - como causa de adoecimento das mulheres, sendo considerada uma questão de saúde pública (Camargo, 2000).
A violência contra a mulher também é referida como violência doméstica, familiar, sexual, psicológica, física, dentre outras classificações. Estas se relacionam ou estão contidas umas nas outras, entretanto, pode-se considerar que a condição de ser mulher, construída socialmente, determina aspectos de vulnerabilidade a um tipo específico de violência: violência contra a mulher. Esta se caracteriza por ser uma violência cometida por um homem contra uma mulher, sendo determinada pelos modelos culturais do que é ser homem, do que é ser mulher e de qual a função da violência nas relações interpessoais e de poder. Essa condição de gênero determina a existência desse tipo de violência, mais freqüentemente, no espaço socialmente estabelecido para as mulheres: o espaço privado, a família, o domicílio. Nesse caso, o agressor deixa de ser um estranho e passa a ser alguém com quem a mulher tem alguma ligação afetiva: parceiro, pai, padrasto ou outro familiar (Giffin, 1994), sendo que parceiros ou ex-parceiros são os autores da violência em aproximadamente 70% das denúncias registradas nas Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) (D'Oliveira e Schraiber, 2000).
De acordo com dados retirados do site JusBrasil Notícias o Brasil apresenta mais de 150.000 (cento e cinqüenta mil) processos tramitando nas varas especializadas em Violência Doméstica e Familiar. Esses dados comprovam esta triste realidade mundial.
Diante deste grande problema considerado de saúde pública destacaremos aqui, as conseqüências psicológicas que estas vítimas podem apresentar a curto ou longo prazo. Entretanto, como ressaltado por Soares(1999), as conseqüências supracitadas podem ser oriundas da violência física que consiste em bater, empurrar, atirar objetos usar ou ameaçar usar arma de fogo ou branca, da violência psíquica caracterizada pelo comportamento de ameaçar, culpar, intimidar, humilhar, provocar confusão mental ou culpar, coagir, provocar isolamento social dentre outros e por fim, da violência sexual que estaria pautada em forçar o ato sexual ou a prática atos sexuais que agradam ao agressor como olhar material pornográfico ou manter relações sexuais com outras pessoas.
Após sofrer as violências aqui descritas as mulheres podem apresentar como conseqüências psicológicas diversos sinais ou sintomas como, por exemplo; estresse pós-traumático, destruição da auto-estima, apatia, depressão, ansiedade, distúrbios sexuais, distúrbios do sono, pânico, abuso na ingestão de substâncias, ansiedade generalizada, fobia, comportamento antisocial dentre outras.
Os efeitos causados pela agressão podem ser devastadores e devem ser analisados em uma esfera macro uma vez que não só as mulheres agredidas sofrem. Devemos também nos preocupar como as famílias, os filhos ou sua rede social (trabalho, amigos dentre outros). Ao escrever sobre o tema, percebi a dificuldade ainda enfrentada pelo Poder Público na estruturação de um serviço eficaz e eficiente para combater esta triste realidade. Por este e outros motivos destaco a importância das mulheres em denunciar seus agressores. Sem sombra de dúvidas, há um preço a ser pago diante desta decisão. Entretanto, o ato de não denunciar não há exime de pagar nada.



CAMARGO, M. Violência e Saúde: Ampliando Políticas Públicas. Jornal da Rede Saúde, n. 22. São Paulo, 2000, pp. 6-8.
D'OLIVEIRA, A. F.; SCHRAIBER, L. B. Violência Doméstica como Problema para a Saúde Pública: Capacitação dos Profissionais e Estabelecimento de Redes Intersetoriais de Reconhecimento, Acolhimento e Resposta ao Problema. Trabalho apresentado no VI Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Salvador, Brasil, set. 2000.Anais. CD-rom.
GIFFIN, K. Violência de Gênero, Sexualidade e Saúde. Cadernos de Saúde Pública, n. 10. Rio de Janeiro, 1994, pp. 146-155.
SOARES, Bárbara Masumeci. Mulheres Invisíveis – violência conjugal e novas políticas de segurança. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pensamento da Semana


sábado, 10 de abril de 2010

Internet pode se tornar um vício




Com o grande avanço tecnológico das últimas décadas, principalmente no que tange à eletrônica e à informática, a Internet e os jogos eletrônicos tornaram-se cada vez mais populares.


O videogame, sem dúvida alguma, passou a ser uma das mais importantes atividades de lazer para crianças e adolescentes. Os usuários de Internet, porém, não incidem em uma faixa etária ou segmento mais específico, sendo esta utilizada amplamente por pessoas de todas as idades e todos os estratos sócio-econômicos no mundo todo.
A Internet dispensa qualquer forma de apresentação de suas funcionalidades. De fato, além de favorecer a comunicação e a busca de informações, é uma importante ferramenta de contato social. Os benefícios decorrentes do uso dos chats (comunicadores instantâneos do tipo “MSN”, dentre outros) já são relatados por parte dos indivíduos mais tímidos e introvertidos como um importante recurso de ajuda. No entanto, juntamente com o aumento na popularidade do uso da rede mundial e dos jogos eletrônicos, surgiram relatos na imprensa leiga e na literatura científica de indivíduos que estariam “dependentes” da realidade virtual da Internet e dos jogos eletrônicos.
Muitos são os termos utilizados para definir o uso abusivo de computadores na literatura: Internet Addiction, Pathological Internet Use, Internet Addiction Disorder, Compulsive Internet Use, Computer Mediated Communications Addicts, Computer Junkies e Internet Dependency. Essa pluralidade de definições se dá, fundamentalmente, em função das diferentes áreas de atuação dos profissionais que buscam compreendê-la. São opiniões que derivam de clínicos, pesquisadores, mídia, juristas, entre outros, nas quais são levados em consideração diferentes aspectos desses comportamentos na tentativa de contextualizá-los.
A Dependência da Internet manifesta-se como uma inabilidade do indivíduo em controlar o uso e o envolvimento crescente com a Internet e com os assuntos afins, que por sua vez conduzem a uma perda progressiva de controle e aumento do desconforto emocional.
Com efeitos sociais significativamente negativos, os indivíduos que despendem horas excessivas na Internet, tendem a utilizá-la como meios primários de aliviar a tensão e a depressão, apresentam a perda do sono em conseqüência do incitamento causado pela estimulação psicológica e a desenvolver problemas em suas relações interpessoais. Além disso, os dependentes usam a rede como uma ferramenta social e de comunicação, pois têm uma experiência maior de prazer e de satisfação quando estão on-line, podendo este ser um fator preditor para a dependência.
Nesta vertente, alguns estudos consideram a sensação subjetiva de busca e/ou a auto-estima rebaixada, timidez, baixa confiança em si mesmo e baixa pró-atividade como outros fatores preditores para o uso abusivo da Internet.
Abaixo apresentamos algumas dicas para sabe se você está utilizando por muito tempo a internet.
1- Você fica mais tempo na Internet do que com pessoas “reais”?
Se você costuma gastar suas horas com atividades online mais do que com pessoas da sua família, amigos ou de outro tipo de relacionamento, realmente você precisa ficar atento, pois este é um dos primeiros sintomas do problema.
2- Você não consegue manter seu próprio controle na net?
Caso você se conecte na Internet apenas para “dar uma olhada” e acaba ficando bem mais do que o planejado, cuidado! Este pode ser um claro sinal de dependência de Internet.
3- Você acha que “sem a Internet não dá para ficar”?
Se por qualquer razão você não pode estar online durante algumas horas/períodos e percebe-se ansioso ou com tédio ou irritado e, quando volta a conectar-se fica bem de novo. Este é um péssimo sinal!
4- Você se percebe incapaz de diminuir o tempo online, mas, pelo ao contrário, ele só aumenta?
Caso você já tenha feito tentativas frustradas para diminuir o tempo de uso e vem notando que a cada dia que passa, você permanece mais tempo conectado na net para ter a mesma satisfação. Muito cuidado, este é um forte sinal de dependência!
5- Você tem mentido ou disfarçado para os outros sobre o tempo que você fica conectado?
Desde que começou a ficar mais tempo online, se você tem tentado enganar ou mentir para seus familiares ou pessoas mais próximas a respeito da relação que você estabelece com o tempo na Internet. Isto é um gritante aviso!
6- Você sente que sem a Internet a vida não teria graça?
Se não consegue mais sentir o mesmo prazer que antes nas atividades offline ou sente-se melhor na vida virtual do que em qualquer outra situação real. Ou ainda, tem notado que de um tempo para cá, desde que começou a usar com maior freqüência a Internet, vem sentindo-se irritado ou deprimido. Cuidado!
7- Mesmo sem estar na frente do computador, preocupa-se com o que está acontecendo no mundo virtual?
Quando você está envolvido em outras tarefas cotidianas e não pode estar online (nossa, que ansiedade!), chega em casa e corre para ligar seu computador (ou dá um jeito mesmo fora de casa) para ficar “inteirado” dos acontecimentos virtuais. Estas atitudes podem indicar dependência de Internet.
Ressaltamos que após diagnóstico a compulsão os pacientes devem receber acompanhamento psiquiátrico somado a acompanhamento psicoterapêutico podendo este ser individual ou em grupo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ser Psicólogo


“Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.
Não apenas isso, é também uma notável dádiva.
Desenvolvemos o dom de usar a palavra, o olhar,
as nossas expressões, e até mesmo o silêncio.
O dom de tirar lá de dentro o melhor que temos
para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.
Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério.
Mas não apenas isso, é também um grande privilégio.
Pois não há maior que o de tocar no que há de mais
precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo,
seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.
Somos psicólogos e trememos diante da constatação
de que temos instrumentos capazes de
favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.
Mas ao lado disso desfrutamos de uma inefável bênção
que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir portas
para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.
Quero, como psicólogo aprender a ouvir sem julgar,
ver sem me escandalizar, e sempre acreditar no bem.
Mesmo na contra-esperança, esperar.
E quando falar, ter consciência do peso da minha palavra,
do conselho, da minha sinalização.
Que as lágrimas que diante de mim rolarem,
pensamentos, declarações e esperanças testemunhadas,
sejam segredos que me acompanhem até o fim.
E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio de
ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes.
O privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de alguém que
não tinha com quem contar para dividir sua solidão,
sua angústia, seus desejos.
Alguém que sonhava ser mais feliz, e pôde comigo descobrir
que isso só começa quando a gente consegue
realmente se conhecer e se aceitar.”
Autor Walmir Monteiro

Análise do filme Oitavo Dia


O presente filme nos remete a várias questões que permeiam o universo das pessoas portadoras de necessidades especiais bem como de seus familiares, sem nos esquecermos é claro, da sociedade que o “acolhe”. Ressalta-se que esta análise está pautada em um indivíduo portador da síndrome de Down, que é caracterizada pelo excesso de material genético proveniente do cromossomo 21. Seus portadores apresentam três cromossomos 21, ao invés de dois, por isto a síndrome de Down é denominada também trissomia do 21.
Os portadores da síndrome de Down apresentam algumas característica como, por exemplo: perfil achatado, orelhas pequenas com implantação baixa, língua grande, prostrusa e sulcada, atraso mental, hipotomia muscular entre outras.
Um dos primeiros problemas vivenciados pelos portadores de necessidades especiais, diz respeito à família. No presente filme, pode-se notar este trama, quando George reencontra sua irmã e a mesma não o acolhe em sua casa. Percebe-se também a dificuldade do cunhado em aceitá-lo, bem como certo desabafo da irmã, ao falar da atenção que sempre o irmão recebera da mãe, demonstrando certo ciúme.
Esta passagem ilustra bem, a dificuldade encontrada por algumas famílias em administrar a atenção entre os filhos que não apresentam nenhuma alteração com os filhos especiais. Podemos incluir nesta problemática comportamentos como excesso de carinho, e consequentemente uma superproteção, que pode se tornar um empecilho para o desenvolvimento social e até mesmo intelectual, uma vez que este comportamento impede a criança de participar de atividades que podem estimulá-las de forma considerável.
Outro fator ilustrado no filme diz respeito ao modo como os portadores de necessidades especiais são recebidos em nossa sociedade, demonstrando assim o déficit na proposta de inclusão de social. O nosso meio social desconsidera as pessoas especiais, é como se elas não apresentassem desejos, vontades, gostos e sonhos. É como se as pessoas ditas “normais”, encarassem as especiais como coadjuvantes dos responsáveis, ou seja, elas existem graças aos cuidados e dedicação recebidos de outrem. Essa questão pode ser demonstrada quando George entra na loja de sapatos e o gerente pergunta Harry qual o modelo ele gostaria de comprar, desconsiderando George, que estava a olhar os modelos existentes na loja ou quando a garçonete se assusta e sai correndo de George, que vai lhe presentear ou até mesmo pelo olhar das pessoas quando Harry vai passear com George de carro.
Nota-se também questões relacionadas a sexualidade. Sabe-se que os portadores da síndrome de Down demonstram uma sexualidade mais acentuada. George via-se encantado por todas as mulheres que lhe demostrassem um pouco mais de atenção, querendo presenteá-las, falando frases bonitas, demonstrando desejo de constituir família, chegando a imaginar o nome dos filhos.
Diante destas questões, pode-se perceber a importância de um acompanhamento psicológico para as pessoas portadoras de necessidades especiais bem como para seus responsáveis, uma vez que este pode ser extrema valia; auxiliando na compreensão de todo o sistema familiar, os medos, os fracassos, as desilusões, além das funções atribuídas ou depositadas em cada integrante desta família, sem nos esquecermos também do auxílio que este profissional pode apresentar para encarar e propor mudanças sociais que possam facilitar a inclusão desses indivíduos em nossa sociedade.

quinta-feira, 8 de abril de 2010


As estatísticas comprovam que os jovens são os mais atingidos pela violência, com maioria nos registros de homicídio e nas prisões. Não há dúvida de que a falta de perspectivas (econômicas, sociais, culturais) vislumbrada pela maioria dos jovens é forte componente de mobilização de muitos contra a sociedade que os exclui. Incluem-se aí setores da classe média que, há duas ou três gerações, precisavam apenas que seus filhos passassem no vestibular para ter um futuro garantido. Hoje, impressiona o número de jovens que praticam atos criminosos sem nenhum motivo socioeconômico aparente para isso.
A banalização da violência proporcionada pelo conteúdo da grande maioria dos meios de comunicação certamente também contribuiu para o aumento de agressividade nas novas gerações. De um modo geral, nos filmes e até nos desenhos, assistimos diariamente os heróis ridicularizarem o cotidiano tranqüilo e a vida ''comum'', valorizando o espetacular e mitificando a arma de fogo como símbolo de poder.
Se somarmos a isso a crise do Estado-nação, que vem encolhendo sem estabelecer medidas de suporte social para esse impacto, e a crise moral resultante do mau comportamento de grande parte dos representantes do povo que deveriam dar bons exemplos, concluímos ser grave a situação. E pode piorar.
Medidas contra violência devem ser feitas com urgência, mas o discurso de ''acabar com a violência em 100 dias'' é demagógico e irreal. Assim como é demagógico e irracional defender a pena de morte e prisão perpétua como meio de intimidar os criminosos. É bom lembrar que o jovem que se envolve com o tráfico sabe que suas chances de ultrapassar os 25 anos de vida são mínimas e nem por isso deixa de fazê-lo.
É muito importante incentivar o protagonismo juvenil, mediante o qual os jovens possam ir assimilando novas formas de relacionamento como princípios de solidariedade, companheirismo, e fraternidade, de modo a levá-los a ver que tinha razão o poeta Vinicius quando nos lembrou que ''é impossível ser feliz sozinho''. E isso não pode ser entendido como tarefa só dos governantes. O papel dos pais, dos educadores e especialmente dos meios de comunicação são fundamentais.
Se quisermos de fato reduzir os índices de violência, a primeira ação objetiva é perguntarmos a nós mesmos se também não estamos sendo agressivos, individualistas, egoístas e, também, o que estamos fazendo para que a cultura de paz esteja se impondo à cultura da violência.
A maneira mais eficaz de combater a violência não é aplicando a lei de talião, ou seja, com mais violência, mas, sim, com ações efetivas que envolvam poder público, meios de comunicação e sociedade civil na busca de promover a solução dos problemas socioeconômicos e a cultura de respeito e amor ao próximo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Famílias com pessoas deficientes visuais: um estudo de caso


Apresento a seguir o resumo do trabalho para conclusão de minha especialização em intervenção sistêmica com casais e famílias. Ressalto que os interessados poderão obter o trabalho na íntegra através de email. Considero relevante em uma época de “incluir” debater a forma como a família compreende a deficiência de um de seus membros. Ressalto que na pesquisa em questão a deficiência visual fora escolhida para a realização do trabalho.
O presente estudo surgiu das reflexões cotidianas de nossa prática profissional, justificado pelos frequentes e expressivos momentos diários, no qual vozes sociais estabelecem uma visão de que um filho deficiente é um fator de risco, ao ponto de produzir problemas na família. Assim, no cotidiano percebemos que a palavra deficiência vem atrelada a aspectos negativos como: "risco" ou "problemática". Para Ribas (1994) a família recebe toda a carga ideológica que prevalece no interior da cultura. Assim, a palavra deficiente apresenta uma "conotação negativa". Dessa forma a família não deixa de olhar aquele filho que nasceu com uma deficiência ou que se tornou deficiente como alguém incapaz, dependente de seus cuidados.
Para dar conta do tema "deficiência visual e família", além do visível e do sensível, precisamos estar juntos deles, dos sujeitos de pesquisa, para se tornarem compreensíveis diante de seu sentido e de seu significado. Assim, um olhar sistêmico no mundo na perspectiva da significação, do verdadeiro, do real, do autentico, é próprio e único para cada pessoa.
Frente a esse contexto, passar pelo processo de conhecer e viver o mundo cientifico está sendo um desafio para nós, visto que em toda a nossa formação familiar, escolar e religiosa fomos sempre direcionados a ver o mundo separadamente, fechado, simplificado, diante de uma lógica linear. E agora, diante dessa nova etapa dentro de uma visão sistêmica em que passamos a transmitir o que apreendemos, surgem as incertezas, ordens e desordens. Será isso efeito da nova visão de mundo baseada na possibilidade de inter-relação entre os fenômenos? Construir esse trabalho constitui em pensar essa nova realidade cientifica, o da complexidade, que nos remete ao pensamento Sistêmico.
A Teoria Sistêmica surge como uma nova visão da realidade. Ludwing Von Bertalanffy pioneiro da Teoria Geral dos Sistemas afirma que todo e qualquer organismo é um sistema, que implica a existência de uma ordem dinâmica entre vários componentes e processos em mútua interação.
Partindo dessa compreensão, a família pode ser vista funcionando como um sistema. No entanto, o maior desafio enfrentado por aqueles que tratam famílias é avistar além das individualidades e alcançar os padrões de influência que produzem o comportamento dos membros da família. Pois, o comportamento dos indivíduos está relacionado com os comportamentos dos demais, uma vez que todo comportamento é uma forma de comunicação, e um indivíduo não pode deixar de se comunicar. (Nichols & Schwartz, 2007)
O presente trabalho é de fundamental importância para que possamos refletir sobre o sistema familiar, compreendendo o sujeito no contexto social no qual está inserido, bem como as dificuldades que vão aparecendo dentro do sistema da pessoa deficiente e suas emoções. Sobretudo compreender que não é somente um dos membros, como paciente identificado, que deve ser direcionado o olhar, mas toda a família do qual o mesmo é apenas o produto.
O processo metodológico adotado para desvendar as questões levantadas nessa pesquisa, se fundamenta através de uma pesquisa bibliográfica, e uma pesquisa de campo.
Para tanto, o presente trabalho foi organizado da seguinte maneira: inicialmente, serão apresentados os tópicos: Um breve olhar sobre deficiência visual. Portador de deficiência ou necessidades especiais. Concepção de família e suas transformações. Família e a pessoa com deficiência. Em seguida, será mostrado o método aplicado na pesquisa. Resultados e discussão de dados. Por fim, seguem-se as considerações finais em função dos objetivos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A deficiência visual produz reflexos significativos no comprometimento de diferentes habilidades e atividades cotidianas do individuo, afetando para além de uma unidade de vida pessoal, indo em direção ao sistema familiar. Segundo Klaus (2000) geralmente os pais desejam o mundo para os seus filhos, querem que sejam saudáveis, felizes e independentes, curiosos da vida, amorosos e responsivos. A espera de um filho é um momento ímpar, de planejamentos, sonhos e expectativas. Os pais constroem no seu imaginário um bebê à sua imagem e semelhança, idealizam um bebê perfeito no qual depositam todas as suas fantasias e aspirações. Essas expectativas são rompidas pela “realidade”, quando nasce uma criança com uma deficiência. Durante o decorrer desse estudo pode-se perceber que dentro do sistema familiar a figura da mãe aparece como a responsabilidade central. Essa concepção deve ser aos poucos re-elaborada. Todas as pessoas da família são responsáveis por cada membro. A importância desse fato não pode ser esquecida, pois, de outra forma, podem ser inúmeros os problemas familiares resultantes.

Pensamento da Semana


terça-feira, 6 de abril de 2010

Tristeza não é depressão


“Doutor! Acho que estou com depressão.”
Essa talvez seja uma das frases mais ouvidas pelos profissionais que lidam com a saúde mental na contemporaneidade. Entretanto, ao realizarmos o exame do estado mental percebemos uma distorção entre patologia e sentimento.
Depressão é um termo que está na moda. De uma hora para a outra, esta palavra caiu no agrado popular e passou a ser usada para classificar toda e qualquer pessoa que enfrenta um momento de tristeza.
Há, entretanto, grandes diferenças entre tristeza e depressão, pois enquanto a primeira é sinal de saúde, a segunda é sinônimo de doença.
A tristeza é um sentimento momentâneo, considerado saudável e até importante para o desenvolvimento humano. Ajuda na elaboração das perdas, ou sofrimentos ocasionais. As pessoas atingidas pela ocorrência de perdas do emprego ou de entes queridos atravessam uma fase de sofrimento e angústia, que pode se prolongar por um determinado período de tempo (cerca de 2 meses), mas esse quadro vai se atenuando e paulatinamente a vida vai retomando o ritmo normal. Com o avanço dos remédios anti-depressivos, a tristeza tornou-se um sentimento evitável e a cada dia cresce o número de pessoas que procuram tomar medicação para superar os momentos difíceis da vida. O ideal, entretanto, não é fazer a tristeza desaparecer com o uso de remédios. Isto porque, como já fora ressaltado, a tristeza não é uma doença e, sim, uma reação normal frente a uma situação de perda, decepção ou frustração.
Agora, se a tristeza não passa, e começam a surgir sentimentos de apatia, indiferença, desesperança, perda de concentração, ganho excessivo de peso, dores pelo corpo e mostrar-se mais ansioso ou irritado do que o normal, saiba que estes são sintomas claros de depressão. Os sintomas podem aparecer ou desaparecer de maneira sutil e quase imperceptível, mas é importante saber que eles podem voltar e depressão é doença séria e assim deve ser tratada. A depressão é uma doença recorrente e crônica. As causas deste mal não são bem conhecidas e acredita-se que fatores genéticos e ambientais (perdas e eventos estressantes) influenciem o desencadeamento do problema. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde calcula-se que cerca de 20% da população mundial enfrentará esse problema em um dado momento da vida. A doença atinge crianças, adolescentes e adultos, sendo verificada uma incidência duas vezes maior em mulheres na faixa dos 20 aos 40 anos. Assim, o tratamento da depressão requer uma combinação de terapias medicamentosas e psicológicas, e ao suspeitar do problema, recomenda-se que o indivíduo procure imediatamente um psiquiatra ou psicólogo para diagnosticar o quadro.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Serviços Ofertados por este profissional


Psicodiagnóstico
O Psicodiagnóstico é um procedimento científico que necessariamente utiliza testes psicológicos (de uso ex clusivo de psicólogos) diferente da avaliação psicológica na qual o psicólogo pode ou não utilizar-se destes instrumentos.
Conforme CUNHA (2000), o psicodiagnóstico além de ser um instrumento científico, também é limitado no tempo e utiliza testes psicológicos de forma individual ou coletiva para compreender os problemas do sujeito à luz de determinados pressupostos teóricos. Com isso, permite-se a identificação e avaliação de aspectos específicos, assim como a elaboração da melhor forma de intervenção para o paciente psicodiagnosticado.
CUNHA, Jurema Alcides (2000). Psicodiagnóstico V.5º Ed. Porto Alegre: Artes Médicas

Psicoterapia
A psicoterapia é um valioso recurso para lidar com as dificuldades da existência em todas as formas que o sofrimento humano pode assumir como crises pessoais, conflitos conjugais e familiares, transtornos psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, crises existenciais e problemas nas transições entre as fases da vida.
A psicoterapia é também um espaço favorável ao crescimento pessoal, um lugar/tempo/modo privilegiado de criar intimidade consigo mesmo, de estabelecer diálogos construtivos e abrir novos canais de comunicação, de transformar padrões estereotipados de funcionamento, restabelecendo o processo formativo e criativo de cada um. A Psicoterapia oferece uma oportunidade de compreender e mudar os padrões de vínculo e relação interpessoal. Os problemas vinculares são fonte de incontáveis sofrimentos e doenças.
A Psicoterapia ocupa hoje um lugar fundamental na área da saúde, por trazer uma visão integrada do homem, considerando as dimensões psíquica, orgânica e social agindo conjuntamente na produção da existência humana, assim como de seus problemas.


Ludoterapia
A Ludoterapia é a adaptação do processo psicoterapêutico para o universo infantil, onde a brincadeira é a mais genuína forma de expressão. O objetivo da Ludoterapia é ajudar a criança, através dos brinquedos, a expressar com maior facilidade seus conflitos e dificuldades, o que ocorre de forma simbólica. “Brincando” com ela, o terapeuta é capaz de ajudá-la a ultrapassar os obstáculos que a impedem de integrar-se e adaptar-se adequadamente ao seu meio familiar e ou social mais amplo. Através de desenhos, atividades projetivas, jogos, modelagem e outros recursos lúdicos, a criança representa seus mundos internos, que inclui as situações que mais a afligem.


Terapia de Família/Casal
Essa é uma proposta que não visa tratar o sujeito na família, mas sim o grupo familiar como um todo.
A intervenção ocorre na relação e vínculo dos membros familiares. O diferencial se faz a partir de como a família lida com a situação de crise e como está a comunicação e afetividade entre os membros, pois estes são indicadores de relações saudáveis ou adoecidas.
Através da leitura dos conflitos existentes no casal e demais membros da família, a terapia possibilita a melhoria na comunicação interpessoal, gerando a solução de problemas e criando um novo padrão de funcionamento relacional.

Atendimento Domiciliar
O atendimento em domicílio para clientes que, por algum motivo, não possam se deslocar até o consultório. Esse serviço é especialmente útil para situações como depressão profunda, síndrome do pânico, fobia social, pessoas acamadas, gestão de alto risco, depressão pós-parto, enfermidade graves dentre outras situações

A inclusão do educador frente ao processo de inclusão escolar


O tema se faz relevante uma vez que a proposta de inclusão social dos portadores de necessidades especiais está se fazendo mais presente em nosso meio social principalmente na educação.
Diante desta proposta o presente artigo tem como objetivo compreender os sentimentos que permeiam o profissional da educação, permitindo desta forma uma “releitura” do processo de inclusão social.
Este artigo busca compreender as dificuldades que permeiam o profissional da educação, permitindo uma “releitura” do processo de inclusão social; forma pela qual a sociedade se adapta para incluir as pessoas até então excluídas e estas procuram capacitar-se para participar na vida da sociedade.
Se faz relevante uma vez que a proposta de uma educação inclusiva se apresenta em fase adaptativa. Através de entrevistas informais com educadores da rede estadual e privada da cidade de Governador Valadares, nota-se que a angústia destes é resultado da falta de uma equipe multiprofissional, ausência dos responsáveis no âmbito escolar bem como a falta de capacitação destes em lidar com tal realidade.
A escola é uma agência socializadora de uma sociedade que se afirma democrática. (Miranda,1986) Na escola, a criança vive um processo de socialização qualitativamente distinto da família, passando a internalizar novos conteúdos, padrões de comportamento e valores sociais, bem como a articulação entre conhecimentos, atitudes e a construção de uma formação ética, ressaltando também a capacidade intelectual e o pensamento crítico.
No Brasil, com a regulamentação da Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 20/12/96 – trouxe algumas mudanças na educação, principalmente na modalidade da educação especial, que deveria ser oferecida na rede regular de ensino, preferencialmente, para educandos portadores de necessidades especiais.
A partir desse momento começou-se a falar em educação inclusiva: “Em um sentido mais amplo, educação inclusiva é a prática da inclusão de todos – independentes de seu talento, deficiência, origem econômica ou origem cultural – em escolas e salas de aula provedoras, onde todas as necessidades dos alunos são satisfeitas.” (Stainback & Stainback, Karagiannis, 1999, pag 21)
Estas realidade já se faz presente em nosso sistema educacional apresentando no entanto, algumas dificuldades.
Questionando sobre a realidade dos educadores buscamos entrevistar profissionais que trabalham com crianças que cursam o ensino fundamental e através de seus relatos podemos visualizar uma realidade que não corresponde ao objetivo proposta pela Lei, onde podemos citar:
• A falta de uma equipe multiprofissional - Uma vez que ao receber as crianças portadores de necessidades especiais, os profissionais da educação se deparam com a dificuldade de compreender as características desses alunos, ou seja, eles sabem que existe algo de especial nos mesmos mas não sabem como trabalhar afim de promover uma melhor adaptação ou apreensão de conteúdos.
• Falta de capacitação – Como incluir esse aluno especial se falta o domínio de técnicas que possam dar sustento e segurança à figura do professor? Deve-se ressaltar que a experiência de educar está vinculada a comunicação, porém a mesma deve-se apresentar de forma diferenciada em alguns casos, sendo portanto um fator dificultador em uma sala de aula diversificada.
• Salas de aula com grande número de alunos – Outra dificuldade enfrentada pelos educadores é a atenção diferenciada. Este se torna angustiante uma vez os eles percebem que a metodologia proposta não está favorecendo o aprendizado da turma como um todo. Diante disso, propõe-se uma nova metodologia de ensino, porém, vê-se a necessidade de uma atenção diferenciada para alguns alunos, o que torna difícil o manejo de uma sala que apresenta sua capacidade de lotação máxima.
• Ausência da família no âmbito escolar – Algumas crianças ao chegarem na escola, são apresentadas pela família como não tendo nenhuma necessidade especial. Porém, com o decorrer das aulas, os professores percebem que estas crianças apresentam um diferencial (uma dificuldade de; aprendizagem, de comunicação, manter relações interpessoais ou um comportamento excessivo por exemplo) e ao solicitarem a presença dos responsáveis os mesmo não comparem à escola e quando o fazem não atendem a solicitação de um encaminhamento para determinado profissional o que permitiria obter uma maior compreensão do fenômeno apresentado.
Diante os dados apresentados observou-se que o processo de educação inclusiva mesmo já tendo sido proposto por lei, ainda está em fase adaptatativa, visto que o corpo docente da escola não está preparada para receber tal demanda, não cumprindo dessa forma o proposto pela inclusão.
A educação inclusiva é de extrema relevância uma vez que pode proporcionar aos portadores de necessidades especiais espaço para exercerem sua cidadania, obtendo voz em uma sociedade que se apresenta fragmentada e presa a estigmas físicos. Em contrapartida, nota-se que esta modalidade de ensino apresenta “rachaduras” que merecem atenção.
Pode-se visualizar a angústia dos profissionais da educação frente a esta proposta. Nota-se um sentimento de impotência, fragilidade, desespero e medo junto ao educador. Sentimentos decorrentes de um processo que se apresenta enquanto Lei, bem estruturado, mas que não corresponde com a realidade apresentada no âmbito das escolas.
Ressalta-se que para haver uma inclusão de qualidade, a escola necessita de outros profissionais que baseados em seus pressupostos teóricos possam juntos, promover uma melhor qualidade de vida para os portadores de necessidades especiais, respeitando desta forma, o papel social da escola.
Referências Bibliográficas
LANE, Sílvia T.M., CODO, Wanderley (org). Psicologia Social; O homem em movimento. 4º ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.
STAINBACK, Susan & Willian. Fundamentos do ensino inclusivo. In: Susan Stainback. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. Cap 1, p.21-30.

Você sabe o que é autoestima?


Falamos tanto sobre isso, mas você sabe o que é autoestima?
Autoestima é a opinião e o sentimento que cada um tem por si mesmo. É ter consciência de seu valor pessoal, acreditar, respeitar e confiar em si. Coisas nem sempre tão simples assim.
A autoestima, juntamente com o amor-próprio, é a base para o ser humano. É a cura para todas as dificuldades e sofrimentos. E mais, é a cura para todas as doenças de origem emocional e relações destrutivas.
A autoestima começa a se formada infância, a partir de como as outras pessoas nos tratam. Ou seja, as experiências do passado exercem influência significativa na autoestima quando adultos. Perde-se a autoestima quando se passa por muitas decepções, frustrações, em situações de perda, ou quando não se é reconhecido por nada que faz. O que abala não é só a falta de reconhecimento por parte de alguém, mas principalmente a falta de reconhecimento por si próprio.
Quando a autoestima está baixa a pessoa se sente inadequada, insegura, com dúvidas, incerta do que realmente é com um sentimento vago de não ser capaz. Melhore sua autoestima!
A autoestima também influencia a escolha dos relacionamentos. Aqueles com elevado amor-próprio em geral atraem pessoas com a mesma característica, gerando uniões saudáveis, criativas e harmoniosas. Já a baixa autoestima acaba atraindo ou mantendo relacionamentos destrutivos e dolorosos. Quando há amor-próprio não se deixa envolver nem manter relações destrutivas. Há também uma relação direta e muito importante entre desempenho profissional e autoestima, mas esse é outro assunto.
A autoestima influencia tudo que fazemos, pois é o resultado de tudo que acreditamos ser, por isso o autoconhecimento é de fundamental importância para aumentar a autoestima. Ou seja, confiar em si mesmo, ouvir sua intuição, acreditar em sua voz interior, respeitar seus limites, reconhecer seus valores, expressar seus sentimentos sem medo, sentir-se competente, capaz e se tornar independente da aprovação dos outros, tudo isso faz com que a autoestima se eleve. Mas é um processo gradativo que exige trabalho e conscientização.

Já não se brinca como antigamente


Não se brinca mais como antigamente, isso é uma verdade incontestável. Atualmente com o avanço da tecnologia, as crianças encontram formas de divertimento puramente virtuais dadas por pais que tambem não tem tempo de estar investindo em atividades com seus filhos.
Computadores e video games substituiram completamente os jogos que eram tão conhecidos e praticados, principalmente na decada de 80. Amarelinha, pular corda, queimada, corrida... Uma infinidade de atividades que foram substituidas pela frieza e solidão do mundo virtual da Internet, Computadores e Jogos de Video Games.
É uma pena, pois os jogos ensinam as crianças como lidar com a frustração de uma derrota, aprendem como se comportar socialmente e desenvolvem formas sadias de lidar com a competitividade. Não apenas os jogos mudaram, mas as musicas e até as roupas. Hoje em dia não temos mais crianças e sim, mini adultos. As antigas canções de roda cantadas por gênios da Musica Brasileira como Toquinho e sua inesquecivel canção " Aquarela " foi substituidas pelas musicas carregadas de erotismo e duplos sentidos.
As roupas foram modificadas, é comum ver crianças de 5 anos se vestindo como adultos, gravatas, mini saias, sapatos de bico fino e saltos-alto.
A questão principal e o problema é que não existe espaço para crianças serem apenas crianças na sociedade moderna. Desde pequena já é introduzida no mundo virtual da internet, surfando sozinha por bits e mais bits conhecendo apenas nomes ou figurinhas em uma tela de computador. A competitividade é estimulada de forma muitas vezes cruel, buscando a destruição do adversario e não a união de forças ou mesmo a vitória sadia. O velho ditado popular " O importante não é vencer..." caiu em desuso rapidamente e foi substituido quase que totalmente por um outro que diz " Se não vencer, você não é ninguem...".
O resultado de gerações de crianças que foram criadas para serem individualistas é assustador. É importante que as crianças sejam educadas dentro do mundo globalizado e altamente tecnológico dos dias atuais, mas também creio que é necessário treinar os educadores para continuar introduzindo valores éticos e morais para que essa criança não se perca entre o trabalho quase que 24h dos pais e a negligência das escolas.
É algo a se trabalhar muito, principalmente para os Psicólogos e Pedagogos. As crianças não conseguem mais ser crianças e isso em um intervalo de tempo de medio prazo é desastroso.
Por onde andam os brinquedos que até uma decada atrás divertiam de forma saudavel milhões de crianças ao redor do mundo ? Onde estão aqueles jogos que ensinavam as crianças que o importante não era ganhar a qualquer custo ( até ser desonesto ) e sim participar da brincadeira ?? Onde está o espaço onde a criança pode ser apenas criança ?
Realmente...
Não se brinca mais como antigamente.

A internet e nossos filhos


A Internet está cada vez mais presente na vida das pessoas, especialmente das crianças e dos adolescentes que têm na rede seu maior meio de diversão no mundo atual. Num momento em que a violência está por todos os lados, a Internet vem tomando o lugar de uma ida à praia, de um passeio no parque ou uma visita a um coleguinha. Ficar em casa é mais seguro. Mas nesse ambiente a Internet é a janela para o perigo que pensamos estar do lado de fora.
Sabemos que através da internet temos acesso a um mundo de informações e conhecimentos, podemos, por exemplo, ler aquele jornal internacional tão importante e saber o que está acontecendo ao redor do mundo com um clique. Mas esse é um meio de comunicação ingovernável. É impossível controlar o que é acessado pelas crianças e pelos adolescentes, saber com quem eles trocam informações e até confidências; muitas vezes essas trocas ocorrem com desconhecidos .
Hoje existem muitos programas de bloqueio que os pais podem usar para regular os sites visitados pelos seus filhos, porém, especialistas alertam que nenhum software é capaz de bloquear os milhares de sites.
Com a média de 15horas e 25 minutos dedicados por crianças brasileiras ao computador o Brasil já ultrapassou países como os Estados Unidos e a Austrália. Daí a relevância de saber com quem elas se relacionam, que sites visitam e, especialmente, estipular um tempo limite de uso do micro durante a semana e nos finais de semana também. Isso é importante para que as crianças não deixem de fazer outras atividades mais socializantes, menos solitárias. Uma vez que o simples brincar com uma coleguinha se transforma em aprendizado social, ensina como devemos nos comportar em sociedade.
Ao lado da antiga preocupação com a influencia da televisão,dos videogames, das revistas em quadrinhos, está hoje o receio crescente com os perigos e a influencia negativa da rede sobre as inexperientes e influenciáveis crianças. Por tudo isso, cabe aos pais estarem fiscalizando o acesso dos filhos e procurar orientá-los sobre os perigos presentes na rede. Para tal os pais têm que procurar estar se familiarizando com o mundo virtual e seus termos, para assim, fiscalizar e orientar melhor. E desta forma proteger seus filhos e sua casa.

As crianças aprendem o que vivem


Se uma criança vive criticada,
Aprende a condenar.
Se uma criança vive agredida,
Aprende a agredir.
Se uma criança vive envergonhada,
Aprende a sentir-se culpada.
Se uma criança vive com tolerância,
Aprende a ser tolerante.
Se uma criança vive estimulada,
Aprende a confiar.
Se uma criança vive apreciada,
Aprende a apreciar.
Se uma criança vive com justiça,
Aprende a ser justa.

Se uma criança vive com segurança,
Aprende a ter fé.
Se uma criança vive com aprovação,
Aprende a quere-se.
Se uma criança vive com aceitação e amizade,
Aprende a encontrar amor no mundo.
Então deixo aqui a pergunta: Estamos ensinando nossas crianças a se tornarem que tipo de pessoas?

A delicada relação entre pais e filhos


Durante toda minha trajetória como Psicólogo no Centro de Referência da Assistência Social vários foram os atendimentos voltados para a relação entre pais e filhos. Ressalto que estes atendimentos em sua maioria apresentaram um bom prognóstico. Esse bom resultado sem sombra de dúvidas deve-se ao fato da “Casa das Famílias” apresentar este foco multiprofissional, ou seja, todas as famílias que aqui buscam atendimentos são compreendidas como pertencendo a um sistema macro que engloba diversos aspectos como, por exemplo; cultural, social, biológico e claro psicológico. Recentemente realizando algumas pesquisas relacionadas a temática relação familiar, deparei-me com o texto intitulado “A delicada relação entre pais e filhos” escrito por Ana Cláudia Ferreira Oliveira, também psicóloga e colunista/colaboradora em temas de qualidade de vida, saúde, comportamento e educação do jornal ´Folha da Cidade´ e Rádio ´Nova Regional FM´, ambos do interior de São Paulo. Assim, apresento a seguir um artigo por ela escrito que merece um espaço em nosso blog.
Ressalto que o texto na íntegra pode ser visualizado no link: (http://www.psicologia.com.pt/artigos/ver_opiniao.php?codigo=AOP0092 )
A delicada relação entre pais e filhos
Como se não bastasse a onda de violência e criminalidade que atinge o país todo e o mundo, temos ouvido nos últimos tempos, muitas notícias de filhos que matam seus próprios pais em situações de extrema crueldade. Problemas e dificuldades familiares são expostos nas páginas criminais dos principais jornais.
Pais e mães com filhos adolescentes ou pré-adolescentes têm recorrido a profissionais como psicólogos, psiquiatras e educadores, na procura de respostas e conselhos sobre o que fazer com seus filhos quando esses costumam apresentar problemas como: comportamentos socialmente inadequados, dificuldades de relacionamento interpessoal, bem como problemas de adaptação escolar e aprendizagem. As maiores queixas ficam entre os comportamentos sociais inadequados e dificuldades de convivência familiar. A situação anda tomando uma tal proporção, que alguns pais começam a trancar a porta de seus quartos, na hora de dormir, e enquanto outros vão mais longe ainda, blindando as paredes e portas de seus quartos.
Horrorizados, muitos se perguntam “o que estará acontecendo com nossos jovens?” E, penso eu, que a questão poderia ser pensada de outra forma: “O que estará acontecendo com nossos pais e mães que parecem estar esquecidos de sua função de educadores desses jovens?”
Olhando um pouco para trás, percebemos que a partir da década de 60 e da revolução sexual, tivemos o início de uma transformação nos costumes e valores válidos em nossa sociedade. Entre tantos outros conceitos questionados, os modos de educação mais repressores foram postos em cheque, e começou a se erguer a bandeira da educação mais liberada para prevenir os “traumas” que uma educação muito repressora poderia causar na vida emocional dos filhos.
Ainda, com o desenvolvimento das pesquisas na área da psicologia e psicanálise, enfatizando a importância da influência do ambiente na formação de um indivíduo, a questão da educação dos filhos tem merecido um maior cuidado por parte de educadores, psicólogos e estudiosos de várias áreas. Muitas são as teorias novas que surgem sobre o que fazer, como proceder, tudo na tentativa de orientar os pais nessa difícil tarefa.
Com isso, tivemos uma mudança de panorama.
Se pelas gerações antigas a criança era tratada como um “mini-adulto”, sem direito a desejos e vontades, sem direito a quaisquer cuidados especiais em respeito à sua condição de criança, parece-me que as gerações mais jovens, talvez tenham pecado pelo excesso, no sentido inverso, passando a tratar a criança como um “rei no trono”.
Tudo passaria a ser motivo de trauma para a criança e para o adolescente. Se uma criança apanhava, era castigada, ou apenas repreendida, já se poderia considerar isso como motivo de trauma.
É claro que não estou falando aqui a favor de prática de maus-tratos contra a criança ou o jovem, e isso é uma questão seriíssima que vem sendo tratada com muito mais respeito, nos últimos tempos, graças também a essa transformação social que se operou, e que mereceria outro momento de discussão. Mas, nem de longe, podemos pensar que pais e mães não possam repreender seus filhos. Essa é uma função muito importante no processo de educação. A educação é feita com base no afeto que se transmite ao filho, e com base no limite que se pode dar a ele também. A criança precisa conhecer o amor, a amizade, o respeito e a consideração, mas também, quais são os limites que ela tem de respeitar, entre a vida dela e a do outro, para que ela possa tornar-se um ser humano apto para a vida em comunidade.
A atenção e o respeito que devem ser dados à criança não podem provocar uma inversão na ordem das gerações entre pais e filhos. Esse é o pior desserviço que um pai pode prestar a um filho.
Os pais precisam colocar limites para seus filhos crescerem. A criança é um ser com uma quantidade enorme de energia, que precisa, desde cedo, ser bem canalizada. Ela precisa aprender a gerenciar essa energia adequadamente e, para tanto, precisa de um enquadramento e um direcionamento que, principalmente, aos pais cabe dar.
Hoje em dia, também é muito comum ouvirmos que pais e mães precisam ser amigos de seus filhos. Aqui, igualmente, é preciso ter cuidado com a inversão de ordem.
É muito importante que pais e mães possam ser amigos de seus filhos, mas, antes de qualquer outra coisa, por amor a seus filhos, os pais têm o dever de educá-los, de colocar limites, estabelecer proibições. O que se espera de pais amigos de seus filhos, inclusive o que os próprios filhos precisam são de pais e mães mais próximos, mais disponíveis, abertos a escutá-los, a discutir e orientá-los naquilo que eles lhes solicitarem, ou naquilo que os pais entenderem necessário fazê-lo. Mas, precisam igualmente de pais que saibam dizer não, estabelecer o que é certo e o que é errado, e quais os limites que precisam ser seriamente respeitados.
Se os pais se comportam somente como amigos de seus filhos, podemos perguntar “quem estará fazendo o papel dos pais em seu lugar?” E esse é um grande perigo, pois a criança e o jovem precisam de orientação adequada e segura, além de alguém que apenas os ouça e os aconselhe como um amigo faria. Precisam, sim, de alguém que funcione como um porto seguro para onde recorrer, quando surgem os problemas e não sabem o que fazer, mas precisam que esse porto seguro seja suficientemente firme e forte para orientá-los quando não sabem como proceder, para repreendê-los quando estiverem errados e para ensiná-los a respeitar a si mesmos, e aos outros, preparando-os para a vida em comunidade.
Quando se inverte o sentido dessa relação, com os filhos colocados em um trono, ou tratados como um rei, e com os pais deixando de cumprir sua função de educadores, as crianças crescem sem orientação, sem limites, sentindo-se sozinhas e desconectadas de sua própria família, sem uma verdadeira identificação com esses pais, pois lhes faltam um modelo forte, seguro e afetivo, que elas possam admirar, seguir, amar e respeitar.
Para educar um filho não há fórmula ou manual que se possa seguir, pois cada filho e cada pai e mãe são únicos em sua natureza. Todos precisam ser respeitados. Nós escolhemos com quem vamos nos casar, de quem vamos ser amigos, mas não escolhemos nossos filhos e nossos pais. Apenas temos que conviver com eles, e essa convivência nem sempre é fácil. Porém, uma coisa é certa, e precisa ser lembrada: Educar é também frustrar; é dizer não e contrariar a vontade do filho, quando necessário. Não há como escapar disso, sob pena de o próprio filho sofrer as conseqüências em sua saúde física e mental. Não há como ser bom pai ou boa mãe só esperando serem amados por seus filhos. É preciso, muitas vezes, suportar a frustração de ser odiado por seu filho num dado momento, para o próprio bem dele no futuro, ainda que isso, na maioria das vezes, custe muito caro aos corações dos pais e mães.

Blog do CRAS recebe destaque pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome


É com grande alegria e satisfação que o blog do CRAS de nossa cidade recebeu destaque no site do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (http://www.mds.gov.br/noticias/centros-de-referencia-de-assistencia-social-aderem-aos-blogs/html2pdf). Sem sombra de dúvidas para nós, profissionais que atuam neste centro receber um reconhecimento a este nível é uma grande honra, uma vez que estamos buscando constantemente aprimorar as ações desenvolvidas junto ao público por nós assistidos.
Aproveitamos este espaço para agradecer a todos os colegas profissionais do âmbito social que após tomarem conhecimento deste destaque visitaram nosso blog e manifestaram sua alegria diante deste evento. Assim, podem estar certos que podemos sem sombra de dúvidas somar esforço através deste instrumento catalisador, que é a internet para ofertamos serviços socioassistenciais de ótima eficiência e eficácia

Perguntas Frequentes


É comum em nossa prática profissional nos depararmos com questões levantadas por nossos clientes acerca das intervenções e benefícios de um processo terapêutico. Desta forma, criamos este espaço para que você possa ampliar seus conhecimentos sobre esta temática. Ressaltamos que caso você ainda apresente alguma dúvida após as explanações abaixo favor entrar em contato utilizando o menu. Para nós, será um prazer sanar suas dúvidas.

O QUE É PSICOTERAPIA E QUANDO PROCURAR A AJUDA DE UM PSICÓLOGO?
A Psicoterapia pode ajudar a pessoa a lidar melhor com suas emoções e com momentos difíceis no qual pode estar passando. Um espaço em que é possível compartilhar e refletir junto com o psicólogo suas dificuldades.
Nesse processo, questões pessoais são trabalhadas, favorecendo o autoconhecimento e bem-estar da pessoa, assim como uma reorganização pessoal ajudando o indivíduo a lidar e enfrentar melhor suas questões e sentimentos que podem estar impedindo o desenvolvimento psíquico e individual.
Nem sempre é fácil pedir ajuda quando se mais precisa. Sempre achamos que é possível resolver nossos problemas sozinhos, pois pedir ajuda significa para muitos, sinal de fraqueza e incapacidade de resolver seus próprios conflitos. Tais pensamentos podem prejudicar mais o indivíduo, pois os problemas ou sintomas podem se agravar com o passar do tempo caso não sejam tratados de maneira adequada.

COMO ESCOLHER UM TERAPEUTA?
Esta é uma questão muito pessoal, e não existem regras pré-estabelecidas. Antes de qualquer coisa vale ressaltar a importância de verificar a qualificação do profissional que poderá atendê-lo. Procure referências e se necessário entre em contato com o Conselho Regional da referida categoria. Tomado este cuidado é importante se identificar com o profissional bem como sua maneira de trabalho. Lembre-se; a terapia é um momento de encontro e extrema intimidade portanto, confiança é a palavra chave.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE PSIQUIATRA E PSICÓLOGO?
O Psiquiatra é um profissional formado em medicina com especialização na área de psiquiatria, enquanto o Psicólogo é formado em Psicologia. A principal diferença entre o trabalho dos dois profissionais é que o Psiquiatra está apto a tratar os transtornos mentais com o uso de medicamentos, enquanto o Psicólogo está voltado a trabalhar os aspectos emocionais do quadro. Porém, as duas áreas estão interligadas e normalmente os profissionais trabalham juntos quando necessário.

COM QUE IDADE INICIAR UMA TERAPIA?
Não existe uma idade certa. Se os pais ou a escola perceberem que a criança está com alguma dificuldade em seu desenvolvimento devem buscar um apoio psicológico.

QUAL É A POSTURA DO TERAPEUTA DURANTE AS SESSÕES? ELE APENAS ME ESCUTA?
O terapeuta interage muito com o cliente. Ele escuta, pergunta, faz observações, pontua as questões abordadas pelo cliente, dá feedback e orienta de forma diretiva. Essa postura ativa é muito importante para que o cliente alcance rapidamente os resultados pretendidos. Ressalta-se que o consultório é uma extensão da vida social do cliente, ou seja, serve como um laboratório para que o cliente possa colocar em práticas a aquisição de novos comportamentos. Por isso a relevância de uma interação sadia e ativa.

QUANTO TEMPO DE TERAPIA É NECESSÁRIO PARA QUE HAJA UMA MELHORA?
Isso depende muito de cada caso. Algumas pessoas buscam a terapia para solucionar uma questão específica, e satisfazem-se tendo esta questão resolvida. Outros, buscam autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, e acabam fazendo terapia por um longo tempo. Na maioria das vezes, o que ocorre é que as pessoas passam a gostar de fazer terapia, e em geral mesmo tendo a queixa inicial resolvida desejam permanecer por mais tempo no processo terapêutico. Cabe ressaltar também o quanto o cliente se entrega no processo de terapia. O Psicólogo não possui uma bola de cristal ou qualquer instrumento mágico capaz de resolver os conflitos apresentados pelo cliente. Determinação e coragem para superar os obstáculos são pontos cruciais para o andamento do tratamento.

O PSICOTERAPEUTA IRÁ ME DAR CONSELHOS, DIZER O QUE É CERTO OU ERRADO?
Antes de qualquer coisa vale ressaltar que o psicoterapeuta não assume em nenhum momento a postura de juiz, não cabendo a ele julgar qualquer comportamento relatado ou apresentado pelo cliente. Só quem pode dizer o que é certo ou errado para você é você mesmo. A função do psicoterapeuta está pautada no auxílio para resgatar e construir valores para que você saiba distinguir o que é certo ou errado, bom ou ruim para a sua vida.
Postado por Ponto de Equilíbrio às 23:29 0 comentários
Marcadores: Psicologia Clínica

Pensamentos e Mensagens


A importância da Inteligência Emocional


Na psicologia, inteligência emocional é um tipo de inteligência que envolve as habilidades para perceber, entender e influenciar as emoções. Foi introduzida e definida por John D. Mayer e Peter Salovey. Descrevem uma habilidade, uma capacidade ou uma habilidade de perceber, para avaliar e controlar as emoções de si mesmo, de outro, e dos grupos.
Daniel Goleman, em seu livro, mapeia a Inteligência Emocional em cinco áreas de habilidades:
1. Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre.
2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação.
3. Auto-Motivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca.
4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
5. Habilidade em relacionamentos inter-pessoais.
As três primeiras referem-se à Inteligência Intra-Pessoal. As duas últimas, a Inteligência Inter-Pessoal.
A Inteligência Inter-Pessoal é a habilidade de entender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas.
Já a Inteligência Intra-Pessoal é a mesma habilidade, só que voltada para si mesmo. É a capacidade de formar um modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e usá-lo de forma efetiva e construtiva.
Compreender o seu grau de inteligência emocional é um fator de grande relevância em um mundo que exige cada vez mais de nós, meros mortais, alto grau de produtividade e relações sociais mais harmoniosas. Esses e tantos outros fatores explicam o interesse que as grandes empresas têm demonstrado para a estimulação da inteligência emocional de seus funcionários, uma vez que grande parte da venda pauta-se na abordagem que o vendedor realiza com o cliente. Outro exemplo interessante da estimulação da inteligência emocional pauta-se na educação dos filhos. Uma das grandes preocupações dos pais hoje em dia, é educar seus filhos emocionalmente, ou seja, prepará-los para enfrentar os desafios impostos pela vida com inteligência. Ensiná-los, como reagir nas diversas ocorrências que podem vir a acontecer.
Devemos desenvolver todos os tipos de inteligência (Inteligência Verbal ou Lingüística, Inteligência Lógico-Matemática, Inteligência Cinestésica Corporal, Inteligência Espacial, Inteligência Musical, Inteligência Interpessoal, Inteligência Intrapessoal, Inteligência Pictográfica, Inteligência Naturalista) na criança, pois se todo o espectro é estimulado, a criança se desenvolve mais harmonicamente, prevenindo obstruções e evitando bloqueios de capacidades. Todas as competências da criança devem ser estimuladas. "Ter inteligência emocional significa perceber os sentimentos dos filhos e ser capaz de compreendê-los, tranquilizá-los e guiá-los." Diz John Gottman em seu livro Inteligência Emocional e a Arte de Educar Nossos Filhos. Segundo ele, os pais devem ser os preparadores emocionais dos filhos, o que muitas vezes não tem ocorrido devido ao stress e a correria do cotidiano.
A infância modificou-se muito nos últimos anos, o que vem dificultar ainda mais o aprendizado afetivo. Os pais que são efetivamente preparadores emocionais, devem ensinar aos filhos estratégias para lidar com os altos e baixos da vida. Devem aproveitar os estados de emoções das crianças, para ensiná-las como lidar com eles e ensiná-la como tornar-se uma pessoa humana mais coerente, paciente e persistente.