segunda-feira, 7 de junho de 2010

Pergunte ao Psicólogo

Ressalto que todos os nomes aqui mencionados são fictícios. Esta medida fora tomada no intuito de resguardar os internautas interessados em participar desta tag. Aproveito também para destacar que as opiniões aqui apresentadas não devem ser consideradas como um diagnóstico, mas sim, como a emissão de uma opinião sobre uma temática específica.

Email enviado por G.C.S.R.P
Olá! Preciso de uma ajuda psicológica ou até mesmo um conselho. Não tenho ninguém para desabafar e estou me sentindo um tanto quanto angustiada e sufocada.
Tenho 21 anos e sou casada há dois. Meu marido é ótimo e eu o amo demais. Ele é divorciado e o curioso em nossa história é que a ex-esposa dele não está nem aí para nós dois. Pelo contrário, segue a vida dela normalmente e aparenta estar extremamente feliz. Eles não têm filhos.
Acontece que sinto uma grande vontade se não chamar de necessidade de me mostrar superior a ela. Inclusive já trocamos farpas pelo Orkut por motivos até banais.
Ela já até excluiu do Orkut os amigos que tínhamos em comum, pois eu consegui descobrir a senha de um deles e bisbilhotava o perfil dela, invadindo recados, fotos e mandando recados pelo talk, muitas vezes ofensivos. Ela raramente responde minhas insinuações, porém, eu é que não consigo parar de me sentir inferior a ela, sendo que temos vidas diferentes e independentes.
Gostaria de uma ajuda para esquecer esse passado, que até meu marido e ela já se esqueceram e eu fico fazendo questão de remoer. Isso me machuca muito.
Gostaria de uma opinião e de uma ajuda
Atenciosamente,
G.C.S.R.P
É muito comum a presença de sentimentos de insegurança, competitividade e antipatia para com os antigos companheiros(as) de nosso(a) atual cônjuge. Entretanto, temos quer ter clareza para distinguir realidade de fantasia. No caso em questão, várias são as contingências que devem ser analisadas cara jovem, como por exemplo; se você é uma mulher que se deixa dominar pelo ciúmes, o padrão de comportamento que você apresentou em seus relacionamentos anteriores bem como a forma com que foram rompidos, ou seja, houve traição? Outro ponto também importante a ser mencionado cara “G” pauta-se na forma como você se vê e se gosta. Estamos aqui nos remetendo é claro, sobre sua auto-estima. Todas as variáveis aqui mencionados se fazem relevantes visto contribuir na compreensão de seu padrão comportamental, em outras palavras, na forma como você encara seus relacionamentos afetivos.
Outra questão importante está direcionada na questão do que você prioriza e foca em sua vida. É mencionado no começo de sua mensagem que a ex-esposa de seu marido já superou a separação e está construindo novos projetos e metas. Diante disso a pergunta que deve ser realizada: qual é o real perigo deste antigo relacionamento em seu casamento? Não teria que você “G” se preocupar mais com seu relacionamento do que “bancar” uma detetive virtual? Vale mencionar que os comportamentos por você relatados são caracterizados como invasão de privacidade e você pode caso alguns dos envolvidos manifestarem interesse responder judicialmente.
Não seria mais proveitoso se você investisse toda essa determinação e criatividade na manutenção de seu casamento? Não estaria no momento de você estar usufruindo deste poder de esposa e realmente valorizar tudo o que a ex-esposa não conseguiu manter?
Outra coisa interessante “G” que você não menciona é a idade da ex-esposa. Não sei se estou certo, mas através do seu relato ela aparenta ser mais velha que você ou mais madura emocionalmente. Digo isso pelos comportamentos que ela vem apresentando para com suas alfinetadas. Comportamentos estes que devem ser elogiados por sinal, uma vez que não reforçam suas tentativas de descontrolá-la. Quem sabe não é daí que surge o sentimento por você comentado de inferioridade?
Por fim, quero dizer que cada pessoas escreve sua história. Assim, nós podemos dar o tempero necessário de romance, drama, aventura e suspense. Portanto, “G” não tente viver a história de outra. Busque escrever a sua. O que? Não sabe como? Comece então pelo princípio. O que falta em seu relacionamento para que você se concentre mais nele ao invés de buscar dificultar a vida alheia?
Aproveito a oportunidade para pedir desculpas em responder a sua demanda, mas estava com problemas de conexão. Sem mais, despeço-me esperando poder ter contribuído de alguma forma para amenizar seu sofrimento. Fique com Deus e tome posse do que é seu deixando o que não te pertence de lado.

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