
domingo, 19 de dezembro de 2010
Pergunte ao Psicólogo

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Transplante de órgãos: responsabilidade de todos

segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Transtorno Bipolar

domingo, 7 de novembro de 2010
Nem tudo é fácil

Palavras de nossa grande poetisa Cecília Meireles
"É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada.
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...
Mas com certeza, nada é impossível.
Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos, mas também tornemos todos esses desejos, realidade!!!"
Discalculia

A discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado independe, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, seqüência numéricas, ao realizar contagens, sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia-a-dia. Estima-se que esta patologia atinja cerca de 3 a 6% da população em idade escolar
Pode ocorrer como resultado de distúrbios na memória auditiva, quando a pessoa não consegue entender o que é falado e conseqüentemente não entende o que é proposto a ser feito, distúrbio de leitura quando o problema está ligado à dislexia e distúrbio de escrita quando a pessoa tem dificuldade em escrever o que é pedido (disgrafia).
É muito importante buscar auxílio para descobrir a discalculia independente do sujeito se encontrar ou não no período escolar quando alguns sinais são apresentados, pois alguns discalcúlicos são chamados de desatentos e preguiçosos quando possuem problemas quanto à assimilação e compreensão do que se é solicitado.
Também é de grande importância ressaltar que o distúrbio neurológico que provoca a discalculia não causa deficiências mentais como algumas pessoas questionam. O discalcúlico pode ser auxiliado no seu dia-a-dia por uma calculadora, uma tabuada, um caderno quadriculado, com questões diretas e se ainda tiver muita dificuldade, o professor ou colega de trabalho pode fazer seus questionamentos oralmente para que o problema seja resolvido. O discalcúlico necessita da compreensão de todas as pessoas que convivem próximas a ele, pois encontra grandes dificuldades nas coisas que parecem óbvias.
A discalculia é mais comprometedora da funcionalidade que os problemas relacionados à leitura, porque toda nossa vida gira em torno de números. O mau desempenho matemático tem várias consequências, como a baixa remuneração dos empregos e a dificuldade de aquisição de renda.
Você percebe que seu filho está em conflito com a matemática quando tem notas baixas na disciplina, dificuldade de aprender, não consegue compreender a tabuada, persiste em contar nos dedos, não faz relações com tempo, tamanho e quantidade. Mas, para avaliar a aquisição ou não da discalculia, o recomendado é aplicar testes padronizados. Nem toda resistência é sinal do problema. E é dentro deste contexto que se faz necessário buscar o auxílio de um profissional especializado. Destaco que somente o profissional da Psicologia é licenciado através de lei para a aplicação, correção e devolução dos testes psicológicos que poderão auxiliar no diagnóstico da dicalculia.
Pais e escolas que não conhecem o conceito da discalculia ficam desamparados. Atribuem o transtorno à preguiça ou à suposta “burrice” das crianças. Assim, acabam usando medidas punitivas, castigos e o conflito familiar para mudar o comportamento das crianças.
Ao longo da vida, os reflexos das “complicações numéricas” são tantos que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Matemática, o raciocínio desenvolvido pela matemática pode influenciar também no progresso da leitura e da análise de textos. Além disso, crianças com dificuldade na disciplina geralmente carregam estereótipos na escola. Na fase adulta, se não tratadas, podem ter complicações até na hora de fazer compras parceladas, distribuir o salário e montar o orçamento doméstico.
Se pais e professores não têm paciência, e didática, a criança poderá ficar insegura e com medo de novas situações, podendo desenvolver até mesmo uma fobia matemática. Baixa autoestima devido as críticas e punições de pais e colegas.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Pergunte ao Psicólogo

Boa tarde,
Dr. Sérgio, estou passando por um momento de dúvidas e conflitos com meu marido. Me chamo J. e preciso de uma orientação. Acredito que meu marido esteja com Pseudolalia ou transtorno de personalidade. Li a respeito das duas doenças, se é que possa denominar dessa forma e identifiquei traços das duas no comportamento dele:
- a mentira tornou-se um hábito. Ele mente sem necessidade, mente para encobrir seus erros, mente para as pessoas sentirem pena dele, mente para conseguir as coisas que quer. Mas, sempre as pessoas descobrem as suas mentiras e mesmo assim ele continua mentindo.
- ele sempre coloca a culpa nas outras pessoas para justificar as suas mentiras. Eu menti pra você porque você é fraca, eu menti porque não achei apoio, eu minto porque minha família é desestrutura e minha mãe me criou assim.
- ele não sente culpa ou remorso diante do sofrimento que ele causa nas pessoas com suas mentiras, e muito menos sente vergonha por ter mentido. Ele fala: Eu não sou doido eu fiz o que fiz sabendo o que estava fazendo.
No momento estamos separados, mas eu o amo muito e acredito que ainda vale a pena investir no nosso relacionamento. Hoje tenho certeza de ele precisa de um tratamento não só para que possamos ter um casamento saudável, mas para que ele possa ter uma vida de verdade, hoje ele vive das suas mentiras e não consegue conquistar nada de bom financeiramente, profissionamente e nem mesmo socialmente.
Gostaría de saber se existe alguma forma que eu possa convencê-lo a procurar um tratamento, mostrar para ele que precisa de ajuda. A imposição não funciona. Quando ele se sente acuado não há diálogo. Ele tenta e sempre consegue escapar das conversas ou situações em que ele não pode ser o condutor.
Por favor, me ajude.
Obrigada J
A pseudolalia é uma doença grave. Trata-se do vício compulsivo de mentir. Segundo especialistas da psiquiatria e psicologia a prática freqüente de viver uma situação imaginária pode ser o resultado de uma profunda insegurança emocional, além de traumas de infância.
A atitude funciona como um mecanismo de autodefesa para pessoas que apresentam um quadro de carência acentuada. As pesquisas revelam também, que uma pessoa que carrega o vício de mentir pode não conseguir se controlar, tornando-se semelhante ao quem tem o vício de jogo ou é dependente de drogas e/ou álcool.
Crianças vítimas de uma educação julgadora, imposições, disciplinas rígidas e que por vezes vivem dominadas com autoritarismo são fortes candidatas à doença. A pseudolalia pode conduzir a graves distúrbios de personalidade, podendo o pseudolálico acabar por perder a sua individuação e viver num real criado imaginariamente, comportando-se de forma difícil de contato humano e só com tratamentos profundos poderá melhorar.
Destaco J, que somente um profissional especializado poderá realizar um diagnóstico preciso desta patologia. Esta é uma variável importante de explanar visto este procedimento ser de difícil realização. O comportamento de mentir pode fazer com que o profissional emita um diagnóstico inadequado como o transtorno de personalidade, ou o famoso psicopata.
A dúvida por você apresentada é muito pertinente uma vez que as duas patologias apresentam algumas semelhanças. Vale a pena destacar também J que as informações encontradas na internet devem sempre ser filtradas para que possam servir como um norteador vivencial.
Sem sombra de dúvidas, as duas patologias por você mencionadas merecem acompanhamento especializado, uma vez que as consequências dos comportamentos destas pessoas recaem não somente sobre elas, mas também sobre as pessoas que as cercam, ou seja, sua família, sua empresa ou amigos.
Uma avaliação psicológica sem sombra de dúvidas se faz necessária diante do quadro por você apresentado. Todavia, você está certa. O processo psicoterapêutico não ocorre de forma obrigatória. O paciente deve estar ciente desta necessidade. Até mesmo porque J na psicoterapia a verdade é condição sine qua non. Seria o momento em que o paciente se encontraria consigo mesmo. Um local onde podemos encontrar e apresentar não somente o nosso melhor como também nossa pior. O que buscamos constantemente esconder das demais pessoas e muitas vezes de nós mesmos.
Acredito que se você deseja investir nesta relação, apresentar as variáveis que impediram, ou melhor, que os separaram devam ser apresentadas sem pudor. Fechar os olhos para esta problemática J é aceitar e reforçar o comportamento de mentir. Destaco, que amar é uma via de mão dupla, ou seja, quem ama deseja e deve ser também ser amado. Um casamento não é sustentado por apenas um dos cônjuges. O ideal seria buscar o ponto de equilíbrio, ou seja, o casal deveria buscar constantemente através do diálogo utilizar do melhor de cada um para administrar os mais diversos problemas.
J, lembra do Pinóquio? Aquele personagem criado pelos estúdios Disney? Toda vez que ele mentia seu nariz crescia. E digno de passagem como cresceu... No desenrolar do trama Pinóquio sentiu na pela ou melhor na madeira (rs) as conseqüências de seu comportamento. Ele somente parou de mentir quando ele se esforçou e desejou. Mesmo com a presença constante do pequeno grilo que servia como sua consciência.
Portanto, cuidado para que você mesma não acabe acreditando em mais uma mentira de que ele irá mudar mesmo sabendo de toda a realidade que o cerca. E atenção! A mentira é uma arte. O mentiroso é um grade ator. Assim, deixo aqui uma pergunta: você deseja fazer parte desta platéia?
Espero ter respondido sua pergunta me colocando à disposição para futuros contatos. Aproveito para destacar que o texto supracitado caracteriza-se como a emissão de uma opinião e não como um parecer psicológico.
Pergunte ao Psicólogo

Olá!
Estou com uma pequena dúvida sobre relacionamentos.
Namoro uma garota há 2 anos, estamos planejando virar noivos. O relacionamento vai muito bem, nós nos entendemos bem e costumamos conversar muito. Ela é uma pessoa bem carinhosa, e bem carente. Eu sou uma pessoa que, devido ao fato de morar somente com a mãe por vários anos, me acostumei a ser solitário e mais individualista.
Eu tenho o hobby de lidar com "card games", cartas colecionáveis, e inclusive participo de campeonatos de jogos envolvendo cartas colecionáveis. Mas minha namorada não aceita que eu vá cuidar do meu hobby. Eu já chamei várias vezes para ela vir junto comigo, mas ela vai a muito contragosto ou faz chantagem emocional para que eu vá ver ela - mesmo que meu hobby seja somente uma tarde por semana, que acabe antes de a noite cair e que eu saia para vê-la logo após.
Creio estar certo em não dar trela à chantagem e continuar fazendo aquilo que eu gosto de fazer, pois eu entendo que eu também tenho que ter coisas que gosto de fazer por mim mesmo para não me sentir frustrado, e que ela ao invés de ficar-me "segurando na coleira" (minha sensação) deveria arrumar um jeito de me acompanhar - o que eu no lugar dela faria.
Gostaria de sua opinião sobre o assunto. É certo o que estou fazendo? Ou deveria parar de procurar meu hobby por causa da minha namorada? Gostaria também de saber onde o sr. responderá minha dúvida, se é por email ou no seu site.
Obrigado pela atenção
Bom dia vinao.bern!
Obrigado por me escrever e visitar o meu blog. Espero contar com sua ajuda na divulgação deste espaço virtual. Aproveito a oportunidade para ressaltar que esta mensagem não deve ser entendida como um diagnóstico e sim, como a emissão de uma opinião diante da problemática por você apresentada.
Em relação ao tema apresentado devemos começar pelo fato de que o casamento é uma instituição pautada na comunhão, ou seja, dividir é uma condição priori para que o mesmo se mantenha. Por isso que o símbolo maior do casamento é a aliança. Que representa um círculo sem lado e ausente de marcar. Se você analisar com calma os mais diversos casais perceberá esta capacidade de partilha nas mais diversas esferas como; vida econômica, círculo de amizades, vida social dentre outros. O casal vinao.bern, deve buscar constantemente através do dialogo um ponto de equilíbrio para a manutenção do casamento. Chamou-me muita a atenção dois pontos descritos em sua mensagem. A primeira está pautada no comportamento em ser solitário e individualista. O casal com estas características dificilmente alcançará uma vida harmoniosa. Os comportamentos por você mencionados apresentam diversos efeitos colaterais como; alexia (dificuldade na expressão de sentimentos), agressividade, falta de percepção para com o cônjuge o que a longo prazo poderá resultar em uma separação. A segunda refere-se na carência que sua namorada apresenta. Este comportamento também pode apresentar diversos efeitos colaterais que podem ser caracterizados como uma necessidade de estar junto com você constantemente, comportamentos ciumentos, dificuldade da inserção do casal no meio social, problemas de relacionamento com a família de origem dentre tantos outros.
Percebo vinao.bern a necessidade de amadurecimento do casal. Penso que vocês não se relacionam tão bem como mencionado. Até mesmo porque viver bem na ausência de problemas não é uma tarefa difícil para ninguém. Todavia, fica nítido a necessidade de trabalhar a capacidade empática do casal. Esta deve ser compreendida como um sentimento de se colocar no outro do outro buscando sentir suas dores, medos, irritações dentre outros. Ressalto que esta capacidade é um importante instrumento não somente para o casamento, mas também para todos os nossos relacionamentos.
Portanto, acredito que você deve sim continuar tendo suas preferências e desejos como sua namorada. Todavia, destaco que fazer das diferenças um instrumento de sedução e manutenção do casamento e/ou relacionamento é uma arte. Nenhum artista nasce pronto. Ele deve treinar e estudar a arte a que se dedica e para ter reconhecimento o mesmo acaba por errar diversas vezes. Porém, o mesmo tem humildade para transformar o erro em aprendizado e inovação.
Espero ter contribuído com sua questão me colocando à disposição para eventuais contatos.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Psicoterapia; instrumento de transformação

- tratamento de transtornos psicológicos como transtorno do pânico, fobias, transtorno dissociativo, depressão, anorexia, estresse pós traumático;
- tratamento de transtornos de personalidade como transtorno borderline, transtorno esquizóide, transtorno paranóide dentre outros;
- trabalho sobre conflitos pessoais, conjugais, familiares, interpessoais e grupais que podem produzir ou contribuir para o sofrimento psicológico;
- elaboração de crises existenciais, de transições difíceis (luto, crises profissionais, etc) e dificuldades nas mudanças de fases de vida (puberdade, adolescência, vida adulta, menopausa, envelhecimento).
- desenvolvimento da capacidade de autogerenciamento, aprendendo a dialogar com os estados internos, a regular os estados emocionais e adquirir autonomia;
- desenvolvimento da capacidade de auto-observação e auto-reflexão;
- sair dos padrões estereotipados e criar novas narrativas de si,novos modos de compreender e conduzir a própria vida;
- desenvolver habilidades interpessoais como capacidade empática - saber se colocar no lugar do outro -, capacidade de comunicação, assertividade, resolução de conflitos;
- fortalecimento psicológico - ampliação da resiliência - para aumentar a tolerância e a capacidade de crescer com as dificuldades que a vida apresenta;
- favorecer a saúde integral, física e psicológica;
- busca de sentido existencial;
- amadurecimento psicológico.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Pergunte ao Psicólogo

Destaco que as opiniões aqui apresentadas não devem ser consideradas como um diagnóstico, mas sim, como a emissão de uma opinião sobre uma temática específica.
Pergunta enviado pelo internauta Luís
Olá!
Antes de tudo quero parabenizá-lo pelo blog. Amigo, desculpe por ir direto ao assunto, mas tenho uma imensa dificuldade de fazer amizade; seja no trabalho ou mesmo com os moradores próximos de casa; não consigo falar em público, pois entro em desespero. Quero saber como faço para trabalhar a minha autoestima; sinto-me muito inseguro; ajude-me, por favor! Amigo, também tenho um relacionamento que vem "durando" há dezoito anos, idade do meu filho, porém, nos últimos anos tivemos várias brigas que creio; apenas serviram para nos afastar muito embora continuamos morando na mesma casa; e foi justamente no meio dessa crise conjugal que encontrei outra pessoa pela qual não consigo mais afastar-me, e agora tudo isso faz com que eu sinta melancolia, depressão, medo, raiva.
Desde já agradeço a visita e os elogios despendidos ao meu espaço virtual Luís. No que tange a sua temática temos dois pontos a explanar. O primeiro diz respeito a uma característica que todos nós seres humanos e sociais aplicamos constantemente em nosso contato diário com as pessoas, ou seja, nossas habilidades sociais. As definições são inúmeras, mas todas giram em torno de um mesmo eixo: habilidade de expressar-se honestamente causando o mínimo de incômodo possível aos outros e a si mesmo. Caballo (2006) considera que o comportamento socialmente hábil é aquele conjunto de comportamentos emitidos por um indivíduo em um contexto interpessoal específico, expressando sentimentos, atitudes, desejos, opiniões ou direitos, de modo adequado à aquela situação; respeitando os demais e, geralmente, resolvendo os problemas imediatos da situação ao mesmo tempo em que minimiza a probabilidade de problemas futuros.
De acordo com Vicente Caballo (2006), muitos problemas humanos podem ser decorrência de um déficit de habilidades sociais. Elas formam um elo entre o indivíduo e as pessoas que o cercam. Se este elo está enfraquecido ou é disfuncional, podem não ser geradas consequências reforçadoras o suficiente para que o indivíduo tenha o que se chama de “vida satisfatória” ou “vida feliz”.
Diante da quantidade de transtornos psicológicos em que déficits de habilidades sociais estão envolvidos, muitas vezes, o treinamento destas mostra-se como uma saída simples e eficaz no tratamento psicoterápico. Caballo (2006) cita, por exemplo, problemas como depressão, ansiedade social, problemas conjugais, delinquência, onde o treinamento de Habilidades Sociais apresenta resultados muito promissores. Esta seria uma saída para os problemas mencionados por você especialmente quando você nos apresenta a palavra “desespero”. Com esta afirmação fico imaginando o que deve acontecer com sua pessoa a nível cognitivo e fisiológico no momento em que você deve exercitar seus contatos socais.
Esta dificuldade em expressar-se e afirmar-se através do seu relato parece estar diretamente ligado as suas crises amorosas. Luís, o ser humano somente grita com outro quando seus corações encontram-se distantes, ou seja, você pode dividir uma vida com outra pessoa como no seu caso, mas, se os corações, objetivos, metas, sonhos e principalmente a linguagem forem diferentes nada se constrói ou se mantém.
Todavia, não posso deixar de apresentar uma indagação; até que ponto você tem medo de se expor? De apresentar seus desejos e pensamentos? Estas perguntas se fazem pertinentes a meu ver uma vez que você está administrando duas vidas. Para conseguir seduzir uma mulher um homem tem que se expor, ser criativo, inteligente, comunicativo dentre tantas outras características.
Luís, meu objetivo não é ficar dando lição de moral ou qualquer coisa do gênero. Todavia, esta constante encenação trará conseqüências emocionais mais cedo ou mais tarde como mencionado por você. Outro ponto importante pauta-se no medo apresentado por você em fazer escolhas. Sabe Luís, todos os dias a vida nos obriga a realizar escolhas das mais simples as mais complexas, ou seja; o que vou tomar no café da manhã? Como vou aplicar meu dinheiro? Que dia vou levar meu carro para a manutenção? Como posso realizar meus objetivos? Dentre tantos outros.
Por fim, considero importante você procurar um atendimento psicoterápico a fim de auxiliá-lo neste processo tão importante em sua vida. Destaco que você pode utilizar dos serviços ofertados por minha pessoas através do intermédio da internet. Para tanto acesse o link; serviços prestados – Orientação Psicológica mediada por computador.
Sem mais espero ter contribuído de alguma forma para com as aflições apresentadas por você. Obrigado pela confiança e atenção depositada neste espaço.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
Pergunte ao Psicólogo

quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Esta data é comemorada e lembrada todos os anos sendo um momento para refletir e buscar novos caminhos e também como forma de divulgar as lutas por inclusão social.
Ter uma deficiência interfere tanto na pessoa que a possui (no desenvolvimento, aprendizagem, personalidade, relações familiares e sociais, aspectos estruturais ou funcionais), quanto no profissional que a atende. Na pessoa com deficiência essa intervenção está ligada a inúmeros fatores, tais como: tipo de deficiência, intensidade, extensão, época de sua incidência. Olhando o seu histórico, leva-se em consideração as oportunidades de desenvolvimento e ajustamento que foram oferecidas ou negadas ao paciente.
Com relação aos profissionais que têm dificuldades de atender e se relacionar com essa classe de pessoas, essa convivência pode levar-lhes a aflorar suas próprias limitações ou suas “deficiências” – num desabar de falsas sensações de onipotência. Por isto, a negação torna-se um mecanismo de defesa para o não atendimento. Amiralian (1997, p. 34), citando Fedidá, acentua que para muitos – e os profissionais de psicologia não estão isento disto -, “a deficiência é intolerável, não só por fazer ressurgir insuportáveis angústias de castração, destruição e desmoronamento, mas também por lembrar que o deficiente é sempre um sobrevivente que escapou de um cataclismo, de uma catástrofe que já ocorreu, o que poderá acontecer a qualquer um. (…) Como um espelho perturbador, pode fazer reviver angústias primitivas”.
Por outro lado, segundo Amaral, (1991, p. 19), “no exercício de suas funções dois “mundos diferentes” se encontram. (…) Alertados, conscientizados e, ao mesmo tempo, respaldados por esse saber recém-construído, muitos profissionais têm podido re-ver, re-pensar e re-fazer sua prática, tanto do ponto de vista técnico como das relações interpessoais”.
Assim, aproveitamos a oportunidade para destacar o respeito que nosso campo científico e profissional possui para com estes cidadãos e em algum momento pacientes. Sem sombra de dúvidas muito ainda há se conquistar para este público tão específico. Todavia, se faz necessário uma participação mais ativa não somente das pessoas que apresentam deficiência como também de toda comunidade que a qualquer momento poderá se encontrar em uma situação semelhante. O Ponto de Equilíbrio se dispõe a levantar esta bandeira e defender os direitos sociais, educacionais e emocionais destas pessoas.
Referências Bibliográficas
AMARAL, L.A. Intervenção “extramuros”: resgatar e prevenir. in. Deficiência: alternativas de intervenção. São Paulo; Casa do Psicólogo, 1997.
AMIRALIAN, M.L.T.M. O psicólogo e a pessoa com deficiência. in. Deficiência: alternativas de intervenção. São Paulo; Casa do Psicólogo, 1997.
domingo, 12 de setembro de 2010
Amor e limites; estimulando o amadurecimento emocional dos filhos

A participação dos pais junto a educação acadêmica dos filhos tem sido uma grande preocupação de diversas instituições de ensino. Afinal, a presença e o interesse dos genitores nas mais diversas atividades realizadas pelos filhos serve como um grande reforçador para a manutenção de comportamentos como dedicação, melhor desempenho, estimulação da flexibilidade emocional, maior tolerância à frustração dentre outros. Por estes e outros motivos a Escola Criar e Aprender promoveu no dia 1ª deste mês um encontro destinado aos pais de seus alunos intitulado: “Escola para Pais”. Este projeto desenvolvido pela pedagoga Simone tem como principal objetivo refinar os laços afetivos dos pais com os filhos através de encontros dirigidos por diversos profissionais; psicólogos, pediatras, fonoaudiólogos dentre outros. Para dar início a esta iniciativa o Ponto de Equilíbrio fora convidado para abrir o ciclo de palestras. Este fora intitulado como; “Amor e limites; estimulando o amadurecimento emocional dos filhos”. Este tema fora solicitado pela direção da escola. De acordo com a pedagoga as mudanças sofridas pela família têm dificultado os pais em ofertar uma educação de melhor qualidade a seus filhos. Simone refere-se principalmente ao aumento da jornada de trabalho de ambos os genitores como um desses fatores dificultadores. Diante desta premissa buscou apresentar aos genitores um pequeno resumo sobre a cultura infantil, ou seja, como a criança era encarada a alguns séculos atrás e forma como a criança contemporânea se comporta. A partir desta visão os pais foram convidados a voltarem a sua infância e a perceberem as diferenças entre a educação ofertadas pelos seus pais e consequentemente a forma como eles educam seus filhos. Com base nesta perspectiva diversos foram as mudanças destacando-se maior abertura na participação familiar bem como o sentimento de culpa comumente presente no momento de corrigir determinado comportamento. Destacamos que este sentimento se manifesta pela ausência dos genitores em grande parte das atividades dos filhos. Todavia, devemos ter clareza e sutileza ao abordamos esta questão. Trabalhar nos tempos atuais não um luxo e sim, uma necessidade para ambos os genitores. Ofertar o melhor para os filhos é uma escolha cara que pesa no bolsa. Afinal; natação, escola particular, transporte escolar, aula de inglês, roupa de marca, telefone celular, plano de saúde, passeio no shopping...ufa! Portanto, buscou-se apresentar aos pais de forma descontraída a relevância na função paterna e materna bem como no modelo que os mesmos são para a construção da identidade de seus filhos. Não existem regras prontas para se educar uma criança. Este caminho é um percurso cheio de descobertas e acidentes; literalmente um constante aprendizado. Portanto, aos pais que buscam esta descoberta apenas permitam-se! Permitam-se chorar, sorrir, brigar, elogiar e o mais importante amar seus filhos.Afinal, o amor supera tudo. O amor deve ser incondicional. Acredite; "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode recomeçar agora e fazer um novo final."
Chico Xavier
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Filhos adotivos; a verdade do amor

sexta-feira, 27 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
Insuficiência renal; paralisação além dos rins

A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença que vem crescendo significativamente e tem como co-responsáveis o aumento da incidência de hipertensão arterial sistêmica e diabetes, pois muitas pessoas desenvolvem a insuficiência renal por causa da falta de acompanhamento adequado e detecção precoce dessas doenças (Associação Brasileira de Nefrologia).
O paciente com IRC passa por graves mudanças na vida social, no trabalho, nos hábitos alimentares e na vida sexual, que acarretam alterações na sua integridade física e emocional. A doença representa prejuízo corporal e limitações, pois, em geral, há afastamento do paciente de seu grupo social, de seu lazer e, às vezes, da própria família. Diante da doença, o indivíduo sente-se ameaçado, inseguro, por saber que sua vida vai ser modificada por causa do tratamento. Portanto, ocorre desorganização no seu senso de identidade (valores, ideais e crenças) e na imagem corporal pelas alterações orgânicas resultantes da doença, o que traz conseqüências à qualidade de vida.
A vida humana é determinada por circunstâncias dentre as quais se destaca a busca contínua de ser saudável, uma esfera da realidade que se confronta entre dois pólos; saúde e doença. O ser portador de insuficiência renal crônica enfrenta situações complexas inerentes à cronicidade da doença e à complexidade do tratamento. Assim, o paciente luta diariamente pela sobrevida e o bem-estar físico, mental e social, que representam dimensões dinâmicas e integradas do processo saúde-doença.
Nesse sentido, a doença renal traz impacto negativo sobre a qualidade de vida relacionada à saúde. Esta constatação é confirmada mediante os avanços tecnológicos e terapêuticos na área de diálise que possibilitam aumento de sobrevida dos renais crônicos, porém, sem lhes possibilitar o retorno à vida em relação aos aspectos qualitativos.
O portador de IRC, para sobreviver, tem o encargo de realizar uma terapia substitutiva, no caso, a hemodiálise, como alternativa para manter suas funções vitais. São circunstâncias que devem ocorrer em todo o curso da doença, enquanto aguarda o transplante renal.
A hemodiálise é um tipo de tratamento substitutivo da função renal, utilizado para remover líquidos e produtos do metabolismo do corpo quando os rins são incapazes de fazê-lo. Os pacientes podem ser submetidos à diálise durante o resto de suas vidas ou até receberem um transplante renal bem-sucedido. Por esse motivo, muitas vezes perdem os seus empregos, tendo que se reorganizar para uma outra atividade ou viver da aposentadoria.
São diversos os significados que passam no imaginário do paciente, por exemplo, o reconhecimento da gravidade da doença e do tratamento e suas conseqüências, como: efeitos medicamentosos, limites nos hábitos alimentares e na vida social, dentre outras situações adversas que provocam medo, dúvidas e insegurança quanto à cura e à possibilidade de viver. Assim, a IRC pode gerar sentimentos negativos nas pessoas e afetar sua qualidade de vida.
A equipe de saúde deve estar atenta a essa fragilidade e, ao implementar o tratamento, além dos aspectos biológicos, deverá avançar nos aspectos psicossociais do paciente, ajudando-o para que supere as dificuldades emergentes em face da doença.
Por estes e tantos outros fatores o Psicólogo se faz necessário junto a equipe técnica dos Centros de Terapia Renal Substitutivas uma vez que munidos de seus conhecimentos poderá identificar como esta problemática afeta a vida de uma pessoa e conhecer os significados atribuídos pelo paciente mediante a doença e o tratamento dialítico. Desse modo, é necessário redimensionar estratégias que ajudem o paciente a perceber suas limitações, mas sem interferir nas suas potencialidades de ser humano, implementando terapêuticas que possam diminuir esse sofrimento e concorram para uma melhoria na qualidade de vida.
Cuidar desses pacientes significa atender às suas necessidades, compartilhar saberes e facilitar a compreensão da doença e de meios de recuperação, o que inclui a sua participação e da família. Suas expressões de dor e sentimentos fazem parte da demanda de cuidados aos quais a equipe técnica deve dar atenção.
Referências Bibliográficas
Site da Associação Brasileira de Nefrologia - http://www.sbn.org.br/leigos/index.php?dialise&menu=8
domingo, 15 de agosto de 2010
Resolução proíbe psicólogo de atuar como inquiridor na escuta de crianças e adolescentes

A resolução que regulamenta a atuação do psicólogo na escuta psicológica na rede de Proteção de crianças e adolescentes em situação de violência proíbe o psicólogo de atuar como inquiridor e estabelece um conceito de escuta escuta psicológica.
De acordo com o documento, a escuta psicológica consiste em oferecer lugar e tempo de expressão das demandas e desejos da criança e do adolescente: a fala, a produção lúdica, o silêncio e as expressões não verbais, entre outros. Dessa maneira, os procedimentos técnicos e metodológicos devem levar em consideração as peculiaridades do desenvolvimento da criança e do adolescente e respeitar a diversidade social, cultural e étnica dos sujeitos.
A resolução prevê que o psicólogo, ao realizar um estudo psicológico decorrente da escuta, deverá incluir todas as pessoas envolvidas na situação de violência, identificando as condições psicológicas, suas consequências, possíveis intervenções e encaminhamentos. Na impossibilidade de escuta de uma das partes envolvidas, o psicólogo deverá incluir em seu parecer os motivos do impedimento e suas possíveis implicações.
A conselheira do Conselho Federal de Psicologia Maria Luiza Moura explica que o que moveu a construção do debate em torno dessa temática e que gerou algumas divergências foi definir se cabe ao psicólogo participar do processo de inquirição, ou seja, se é papel dele tomar depoimento para levantar dados e provas que subsidiem a decisão judicial.
Segunda ela, o Seminário Nacional Escuta de Criança e Adolescente envolvidos em situação de violência e a rede de proteção, realizados nos dias 7 e 8 de agosto de 2009, e a oficina: O papel do psicólogo no processo de escuta de crianças e adolescentes realizada nos dias 19 e 20 de fevereiro de 2010, que embasaram a construção da resolução. Foram espaços importantes para avançar a discussão e estabelecer um diálogo com outras áreas, afirma.
Para a conselheira a resolução materializa o compromisso político, ético e social da Psicologia nas questões que envolvem direitos violados da criança e do adolescente. ”A resolução fala de um desafio de olhar para a criança como um ser, um sujeito de direitos, uma pessoa que exige interlocução das políticas públicas e das profissões”, afirma.
Na visão da conselheira do CFP Iolete Ribeiro, a finalidade da escuta é fazer que a criança tenha recursos emocionais e psicológicos, sinta-se apoiada e tenha os recursos necessários para enfrentar a situação. Segundo ela, é preciso uma articulação entre os diferentes serviços de proteção para o fato proteger a criança e o adolescente, e não revitimizá-los, com intervenções muitas vezes desarticuladas, como acontece hoje.
A resolução apresenta ainda referências técnicas para o exercício profissional da escuta psicológica de crianças e adolescente.