terça-feira, 7 de setembro de 2010

Filhos adotivos; a verdade do amor



As perguntas que crianças adotadas fazem sobre a adoção parecem provocar, mais que qualquer outro tópico delicado, a ansiedade dos pais. Sendo excessivamente zelosos a respeito do assunto os pais adotivos tendem a necessitar de orientações específicas e realistas sobre como explicar a adoção a seu filho.
É consenso que as crianças devem saber a respeito de sua situação de adotivos e que são os pais adotivos que devem contar a verdade. Manter isso em segredo cria uma tensão em suas comunicações em seu relacionamento com a criança. Ela provavelmente sentirá algo em seu relacionamento que ainda não entende. Além do mais é bem difícil manter uma adoção em segredo. Parentes e amigos podem deixar escapar ou a criança pode descobrir a verdade através de outras fontes como cartas, fotos e documentos. As crianças adotivas ficam ressentidas e emocionalmente pertubardas caso venha saber de sua situação de adotivos por meio de fontes que não sejam seus pais. Portanto, a adoção deve ser um fato aceito e reconhecido entre pai e filho. Isto não quer dizer que você deva superenfatizar o fato, trazendo-o a baila a cada vez que apresentar seu filho a alguém.
Estudos tem indicado que uma alta porcentagem de pessoas adotadas em busca de seus pais naturais não souberam de sua situação de adotivos de forma raivosa ou negativa. Além disso, não se sentiam à vontade para discutir suas perguntas ou sentimentos com seus pais. A adoção simplesmente não era típico aberto para conversas.
Quando contar?
A maioria dos especialistas recomenda que se “conte cedo”, após dois ou três anos de idade. Espera-se que este momento seja seguido por conversas ao longo de toda a infância. Estudos tem demonstrado que as reações negativas da criança são minimizadas se você lhe contar que é adotada antes dos cinco anos ao invés de esperar até que ela tenha de dez a doze anos.
Como a compreensão da adoção pela criança muda com a idade e a experiência você precisará desenvolver o relacionamento adotivo conforme ela amadurece, para aprofundar sua compreensão e responder as sua muitas perguntas. Somente na adolescência é que a criança irá entender completamente os complexos aspectos envolvidos. Portanto, “contar” não é um evento isolado, mas um processo para a vida toda!

Orientações gerais
* Seja aberto, natural e honesto. Respostas falsas ou evasivas desencorajam perguntas posteriores. Quando as crianças não recebem respostas honestas podem imaginar algo muito pior que a verdade;
* Mantenha suas respostas curtas e simples para as crianças muito jovens. Tente não contar mais do que a criança quer saber. Quando você não tem certeza do que seu filho está realmente perguntando, peça-lhe para repartir a pergunta ou fazê-la com outras palavras;
* Seu tom emocional é tão importante quanto as palavras que você usa. É importante que seus sentimentos de amor, compreensão e respeito sejam comunicados, independentemente de como você explica as coisas;
* Os pontos cruciais a transmitir a uma criança adotada são quanto você a queria, quanto a ama, agora e como ela será sempre sua, não importa o que aconteça.
* Não enfatize demais a adoção, dizendo, ao apresentar a criança “quero que você conheça meu filho adotivo”. As crianças adotadas não querem que você divulgue este fato para pessoas de fora da família;
* Não importa quão irritado esteja nunca diga a seu filho que “ultimamente você está tão difícil que se você não melhorar ou devolve-lo para orfanato”;
* Seu filho adotivo pode lhe dizer em um momento de raiva; “você não é o meu pai ou mãe de verdade, portanto, não pode me dizer o que fazer”. Fique calmo e firme. Afinal como pai e mãe você o ama e tem o direito legal e emocional de lhe dizer o que fazer.

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