terça-feira, 29 de junho de 2010

A atuação dos psicólogos no SUAS em debate

O texto a seguir fora retirado na integra do site "Psicologia Online - POL"
Entre os dias 21 e 23 de junho de 2010, o Seminário “A atuação dos psicólogos no Sistema Único de Assistência Social” debateu o papel dos psicólogos no SUAS, bem como os dilemas dessa atuação e as dificuldades e os desafios para avançar na política de Assistência Social. O evento foi fruto de iniciativa conjunta dos Conselhos Federal e Regionais de Psicologia e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) por meio da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS).
“O evento pode ser considerado um marco na relação da profissão com as políticas públicas. Primeiro porque a ação no SUAS coloca o psicólogo a responder como a sua prática pode contribuir com a dimensão subjetiva do direito que a pessoa cidadã tem. Tal noção, que pode ser bem vista exercitada no SUAS, também tem sido alvo de redimensionamentos da profissão nas demais áreas de atuação. Em segundo lugar, o evento foi um marco, tendo em vista o modo como foi organizado, sendo discutido passo a passo com o MDS. O ministério, que desenvolve a Política Nacional de Assistência Social, tem contado com o trabalho do psicólogo para a consecução de suas ações. Nesse sentido, trata-se de um evento no qual lado a lado profissão e política pública discutem suas possibilidades e responsabilidades com a sociedade brasileira”, relatou a presidente do CFP Ana Lopes.
“O seminário foi importante para possibilitar a discussão de conceitos, de referências e dar visibilidade para a rede de psicólogos que atuam nas equipes do SUAS”, destacou a conselheira do CFP, Iolete Ribeiro. “A participação ampla de pessoas de diversas regiões do País, trazendo questões importantes, enriqueceu o debate e mostrou a força dessa rede”, completou.
Segundo Iolete a perspectiva é de crescimento no número de psicólogos atuando na área e alerta que essa ampliação deve ser acompanhada por debates como esse. “Essas discussões podem mobilizar mais profissionais para atuar na rede”, acredita.
O seminário foi transmitido ao vivo pela internet e acompanhado por mais de 8.500 pontos durante a abertura, que contou com a presença da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, da presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP) Ana Lopes, da presidente da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), Fernanda Magano, da secretária nacional de assistência social, Maria Luiza Amaral Rizzotti e da conselheira do Conselho Federal de Assistência Social (CFESS), Kátia Regina Madeira.
A Conferência de abertura foi realizada pelo psicólogo Marcus Vinícius de Oliveira, da Universidade Federal da Bahia, que abordou aspectos subjetivos da desigualdade social e pontuou desafios da atuação profissional dos psicólogos nas políticas públicas.
As discussões nas mesas foram norteadas por temas como os dilemas da atuação interdisciplinar na Proteção Social, a Psicologia necessária nos serviços de Proteção Básica, a atuação do psicólogo na Proteção Especial e os marcos éticos e normativos do SUAS.
Os vídeos do seminário estarão disponíveis em breve, na integra, via internet.

sábado, 26 de junho de 2010

Os cinco estágios do luto

A morte sem sombra de dúvidas é a única certeza de nossas vidas. Todo mundo cresce ouvindo este ditado popular. Entretanto, mesmo sabendo desta árdua verdade poucas pessoas apresentam uma maturação emocional para vivenciá-la de forma harmoniosa. Por estes e outros motivos 0 processo de luto sempre esteve presente tanto no campo da Psiquiatria como no da Psicologia. Diante desta realidade em 1969 a Psiquiatra Elizabeth Kübler-Ross propõe uma descrição do processo de luto e perda categorizando-os em cinco estágios pelo qual as pessoas passam ao lidar com a morte e o morrer. O modelo foi apresentado por Kübler-Ross em seu livro "Sobre a morte e o morrer", publicado originalmente em 1969 (KÜBLER-ROSS, 1998). Os estágios são conhecidos hoje como "Os Cinco Estágios do Luto" (ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte).
Os estágios são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Nem todos os pacientes passam sequencialmente por todas estas fases.

(1) negação: o doente nega a doença, "amortecendo" o impacto do diagnóstico;
(2) revolta: quando não é mais possível negar, a negação é substituída por sentimentos de revolta e ressentimento;
(3) barganha: já que a revolta não resolve o problema, tenta-se obter a cura através de barganhas e promessas a Deus;
(4) depressão (interiorização): surgem lamentações, queixas, desinteresse e a necessidade de ficar só;
(5) aceitação: não há mais depressão ou raiva, mas uma contemplação do fim próximo com um certo grau de tranqüila expectativa, e a compreensão de que a vida chegou ao fim.

Kübler-Ross originalmente aplicou estes estágios para qualquer forma de perda pessoal catastrófica, desde a morte de um ente querido e até o divórcio. Também alega que estes estágios nem sempre ocorrem nesta ordem, nem são todos experimentados por todos os pacientes, mas afirmou que uma pessoa sempre apresentará pelo menos dois.


Referência
KÜBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer. 8.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
OBS: Resolvi anexar o vídeo depois que assiti em um dos blog´s que sou seguidor ()

Evento em Brasília


O evento pretende impactar gestores, educadores, pesquisadores e profissionais de diferentes segmentos da comunidade, mobilizando-os em direção à sensibilização e entendimento dos diferentes tipos da violência e vulnerabilidades que afetam os jovens na sociedade, nas instituições e nas famílias, além de evidenciar um conjunto de abordagens e perspectivas de pesquisa e de intervenção que subsidiam trabalhos acadêmicos e de políticas públicas. Enfocar a discussão sobre pesquisas, redes de atenção e políticas de atendimento para jovens em situação de vulnerabilidade poderá contribuir para o aprofundamento de ações na área, para a formação continuada de profissionais e a articulação em rede entre diversos atores sociais atuantes, direta e indiretamente, com a temática da adolescência e vulnerabilidade.

Pensamento da Semana


O homem e suas emoções


A emoção é uma forma de comportamento na qual as respostas viscerais condicionadas têm um papel preponderante. Diferente da motivação, nem sempre a emoção tem um objetivo definido. Frequentemente, ela consiste em uma reação difusa e desorganizada a algum estímulo interno ou externo.
O comportamento emocional é determinado por um complexo jogo de predisposições hereditárias e de condicionamentos.
As reações emocionais tendem a durar mais do que outras reações porque os músculos viscerais lisos, uma vez estimulados, são lentos para relaxar. Esta persistência pode estabelecer um estado emocional de longa duração, que continua depois que os estímulos já desaparecem. Este estado é chamado de humor. Embora este estado emocional seja persistente não é tão intenso como a própria emoção.
As emoções básicas são: prazer, tristeza, raiva e medo. Entretanto, todas elas têm uma enorme escala de variação. Por exemplo, o prazer pode variar da satisfação ao êxtase, sendo que nesta escala estão incluídos o amor, a alegria dentre outros; a tristeza pode variar do desapontamento ao desespero; o medo da timidez ai terror e a raiva do descontentamento ao ódio.
O desenvolvimento emocional é influenciado pela hereditariedade e pela aprendizagem. A constituição individual é um fator determinante na sensibilidade do sistema nervoso autônomo, no grau da resposta visceral e no padrão de difusão das respostas viscerais. Outro ponto de grande relevância pauta-se no grau de maturação que se encontra o sujeito , pois antes que certas respostas emocionais possam aparecer, os órgãos do sentido devem estar maduros a um ponto em que possam perceber claramente os estímulos. Da mesma forma os processos cerebrais devem estar maduros antes que possam experimentar certas nuances da emoção.
Os estímulos externos causam as reações emocionais, o significado que damos a essas reações e a maneira pela qual nós a expressamos são resultado da aprendizagem.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Mau humor pode ser doença

Todo mundo conhece pessoas que vivem de mau humor. Sabe aquele amigo que sempre está de cara fechada, irritado, impaciente que não perde a oportunidade de mudar o ambiente onde se encontra? Então, ele pode ser um forte candidato para apresentar um quadro transtorno persistente do humor, denominado pela psicopatologia como Distimia.
O quadro de Distimia pode ocorrer desde a infância. Entretanto, estudos comprovam ser mais freqüente sua manifestação na adolescência. Por estes e outros motivos o diagnóstico da Distimia deve ser realizado por profissionais competentes visto a dificuldade em sua identificação podendo o mesmo ser confundido por comportamentos típicos da adolescência, como por exemplo; intolerância, certo isolamento social, alto nível de crítica e apatia.
A incidência geral na população é cerca de 3%. Para cada homem distímico existem cerca de três mulheres.
Mas como identificar a Distimia?
Os sintomas vão além do mau humor, ou humor triste de forma persistente. A pessoa pode sentir o apetite aumentado ou diminuído, insônia ou muita sonolência, sensação de baixa energia e cansaço, baixa auto-estima com a sensação com não ter valor ou ser incapaz, apresentando ainda dificuldade de concentra-se ou em tomar decisões bem como a sensação de falta de esperança na vida e em projetos. Não necessariamente todos estes sintomas devem estar presentes, mas são comumente identificados nos pacientes que manifestam esta psicopatologia.
O que se desenvolve essa doença?
Ela é causada por um conjunto de fatores, como relações familiares complicadas na infância; pais abusivos, agressivos, e distímicos. A probabilidade aumenta em famílias que tenham mais membros que sofram de depressão, pânico ou outras patologias ligadas a Distúrbios de metabolismo de Serotonina
Como se trata a Distimia?
O tratamento para esta psicopatologia abrange tanto o acompanhamento medicamentoso como o psicoterápico. A medicação utilizada para este fim pertence a classe dos antidepressivos. Faz-se necessário que havendo comorbidade com outras patologias as mesmas também serem tratadas. No que tange a esfera da Psicologia a mesma se faz fundamental. Indico aqui, a abordagem Comportamental com ênfase na família. O tratamento portanto, tem como principal objetivo romper com o círculo vicioso da psicopatologia: melancolia> espírito de reclamação> amizades reclamonas> isolamento social> feed backs negativos> baixo astral> depressão. A melhora, com a medicação e a terapia provoca um círculo virtuoso: melhor astral> menos reclamações> menos isolamento> situações de vida mais reforçadoras> feed backs positivos> estímulo para uma vida com mais qualidade.

domingo, 20 de junho de 2010

Pensamento da Semana


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Estresse: o mau da civilização moderna


Estresse é um fenômeno psicofísico que sempre existiu no comportamento humano. Desde os primórdios de nossa vida neste planeta a natureza nos muniu de um dispositivo de percepção que coloca nosso corpo em estado de alerta contra possíveis ameaças e perigos, independentemente da vontade externa, de nossa própria vontade e muitas vezes até mesmo da razão. Essa quando requisitada, participa apenas da construção da estratégia de controle para melhor lidar com o agente estressor.
Mudadas as condições ambientais em que vivemos e produzimos (processo civilizatório) o comportamento de reação também se modificou. Ao invés de nos refugiarmos em cavernas e utilizarmos a tocha de fogo para afugentar o animal que nos atacava, começamos a traçar estratégias, mecanismos que nos permitiram banir o medo e dissipar os inúmeros perigos que nos ameaçam diariamente.
O lobo passou a ser o chefe, o tigre transformou-se no concorrente, a matilha virou família, o campo de guerra o trânsito e assim por diante.
Não existe atualmente nenhum âmbito da vida civilizada ou moderna que não esteja impregnado pelo estresse. A produção, a educação, o lazer, a comunicação, as relações humanas, o amor, a sexualidade e até mesmo a saúde. Esta última apenas a conquistamos se nos estressarmos para mantê-la através dos permanentes cuidados com a alimentação, prática regular de atividades físicas, terapias dentre outros.
Portanto é impossível o homem viver sem o estresse. Ele é que nos move para a produção intelectual, tecnológica, industrial e científica. Sendo assim, porque para algumas pessoas o estresse se torna prejudicial? Antes, porém, devemos destacar que o estresse pode acometer qualquer pessoa nos nas mais diversas fases do desenvolvimento humano. É importante ressaltar que o mecanismo do estresse é individual, ou seja, uma situação que para uma pessoa pode ser corriqueira, pode ser muito desgastante para outra. Isto acontece pelo fato de que cada ser humano tem um jeito de avaliar e resolver os problemas.
Os sintomas mais comuns do estresse são; tensão muscular, taquicardia, respiração acelerada, dilatação da pupila, excesso de suor, tristeza, bruxismo, dor de cabeça, diarréia, dor na coluna, sentimento de medo e agressividade, fixação sobre um determinado problema, alteração no desempenho de atividades rotineiras, perda de memória, fala desordenada dentre outros.
A seguir apresentamos algumas dicas para melhorar seu estilo de vida e diminuir seu nível de estresse.

No trabalho
  • Orientar e treinar estratégias mais adequadas para lidar com o estresse, melhorando a qualidade de vida;
  • Orientar hábitos saudáveis eliminando os fatores externos ao estresse como o excesso de ruídos e iluminação;
  • Treinar posturas corretas durante o trabalho. No caso dos digitadores, evitar os punhos flexionados, estendidos ou em desvio lateral;
  • Treinar a redução de movimentos repetitivos e o grau de tensão;
  • Dar pausas de descanso, interrompendo a tarefa, com exercícios respiratórios e físicos ou atividades de relaxamento e descontração que compensem as posições estáticas.

Em casa

  • Desenvolver atitudes positivas e mais saudáveis de bem estar emocional visando manter a auto-estima. Praticar a capacidade de relaxamento profundo através da respiração e repouso em ambientes tranquilos como ao ar livre;
  • Praticar exercícios aeróbicos – caminhadas, natação, ciclismo sistematicamente;
  • Não deixar que a atividade profissional domine todo o seu tempo. Disponha de tempo para lazer, inclusive os de caráter social;
  • Valorizar os períodos de lazer, não transformando as férias numa maratona em busca do tempo perdido;
  • Reservar um espaço para o passatempo preferido;
  • Não levar para casa, os problemas do trabalho. Se o trabalho é desgastante, dedique-se em casa a tarefas que deêm satisfação;
  • Ingerir alimentação balanceada, rica em fibras e em vitaminas, principalmente do complexo B, vitamina A, C e cálcio.