
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Esta data é comemorada e lembrada todos os anos sendo um momento para refletir e buscar novos caminhos e também como forma de divulgar as lutas por inclusão social.
Ter uma deficiência interfere tanto na pessoa que a possui (no desenvolvimento, aprendizagem, personalidade, relações familiares e sociais, aspectos estruturais ou funcionais), quanto no profissional que a atende. Na pessoa com deficiência essa intervenção está ligada a inúmeros fatores, tais como: tipo de deficiência, intensidade, extensão, época de sua incidência. Olhando o seu histórico, leva-se em consideração as oportunidades de desenvolvimento e ajustamento que foram oferecidas ou negadas ao paciente.
Com relação aos profissionais que têm dificuldades de atender e se relacionar com essa classe de pessoas, essa convivência pode levar-lhes a aflorar suas próprias limitações ou suas “deficiências” – num desabar de falsas sensações de onipotência. Por isto, a negação torna-se um mecanismo de defesa para o não atendimento. Amiralian (1997, p. 34), citando Fedidá, acentua que para muitos – e os profissionais de psicologia não estão isento disto -, “a deficiência é intolerável, não só por fazer ressurgir insuportáveis angústias de castração, destruição e desmoronamento, mas também por lembrar que o deficiente é sempre um sobrevivente que escapou de um cataclismo, de uma catástrofe que já ocorreu, o que poderá acontecer a qualquer um. (…) Como um espelho perturbador, pode fazer reviver angústias primitivas”.
Por outro lado, segundo Amaral, (1991, p. 19), “no exercício de suas funções dois “mundos diferentes” se encontram. (…) Alertados, conscientizados e, ao mesmo tempo, respaldados por esse saber recém-construído, muitos profissionais têm podido re-ver, re-pensar e re-fazer sua prática, tanto do ponto de vista técnico como das relações interpessoais”.
Assim, aproveitamos a oportunidade para destacar o respeito que nosso campo científico e profissional possui para com estes cidadãos e em algum momento pacientes. Sem sombra de dúvidas muito ainda há se conquistar para este público tão específico. Todavia, se faz necessário uma participação mais ativa não somente das pessoas que apresentam deficiência como também de toda comunidade que a qualquer momento poderá se encontrar em uma situação semelhante. O Ponto de Equilíbrio se dispõe a levantar esta bandeira e defender os direitos sociais, educacionais e emocionais destas pessoas.
Referências Bibliográficas
AMARAL, L.A. Intervenção “extramuros”: resgatar e prevenir. in. Deficiência: alternativas de intervenção. São Paulo; Casa do Psicólogo, 1997.
AMIRALIAN, M.L.T.M. O psicólogo e a pessoa com deficiência. in. Deficiência: alternativas de intervenção. São Paulo; Casa do Psicólogo, 1997.
domingo, 12 de setembro de 2010
Amor e limites; estimulando o amadurecimento emocional dos filhos

A participação dos pais junto a educação acadêmica dos filhos tem sido uma grande preocupação de diversas instituições de ensino. Afinal, a presença e o interesse dos genitores nas mais diversas atividades realizadas pelos filhos serve como um grande reforçador para a manutenção de comportamentos como dedicação, melhor desempenho, estimulação da flexibilidade emocional, maior tolerância à frustração dentre outros. Por estes e outros motivos a Escola Criar e Aprender promoveu no dia 1ª deste mês um encontro destinado aos pais de seus alunos intitulado: “Escola para Pais”. Este projeto desenvolvido pela pedagoga Simone tem como principal objetivo refinar os laços afetivos dos pais com os filhos através de encontros dirigidos por diversos profissionais; psicólogos, pediatras, fonoaudiólogos dentre outros. Para dar início a esta iniciativa o Ponto de Equilíbrio fora convidado para abrir o ciclo de palestras. Este fora intitulado como; “Amor e limites; estimulando o amadurecimento emocional dos filhos”. Este tema fora solicitado pela direção da escola. De acordo com a pedagoga as mudanças sofridas pela família têm dificultado os pais em ofertar uma educação de melhor qualidade a seus filhos. Simone refere-se principalmente ao aumento da jornada de trabalho de ambos os genitores como um desses fatores dificultadores. Diante desta premissa buscou apresentar aos genitores um pequeno resumo sobre a cultura infantil, ou seja, como a criança era encarada a alguns séculos atrás e forma como a criança contemporânea se comporta. A partir desta visão os pais foram convidados a voltarem a sua infância e a perceberem as diferenças entre a educação ofertadas pelos seus pais e consequentemente a forma como eles educam seus filhos. Com base nesta perspectiva diversos foram as mudanças destacando-se maior abertura na participação familiar bem como o sentimento de culpa comumente presente no momento de corrigir determinado comportamento. Destacamos que este sentimento se manifesta pela ausência dos genitores em grande parte das atividades dos filhos. Todavia, devemos ter clareza e sutileza ao abordamos esta questão. Trabalhar nos tempos atuais não um luxo e sim, uma necessidade para ambos os genitores. Ofertar o melhor para os filhos é uma escolha cara que pesa no bolsa. Afinal; natação, escola particular, transporte escolar, aula de inglês, roupa de marca, telefone celular, plano de saúde, passeio no shopping...ufa! Portanto, buscou-se apresentar aos pais de forma descontraída a relevância na função paterna e materna bem como no modelo que os mesmos são para a construção da identidade de seus filhos. Não existem regras prontas para se educar uma criança. Este caminho é um percurso cheio de descobertas e acidentes; literalmente um constante aprendizado. Portanto, aos pais que buscam esta descoberta apenas permitam-se! Permitam-se chorar, sorrir, brigar, elogiar e o mais importante amar seus filhos.Afinal, o amor supera tudo. O amor deve ser incondicional. Acredite; "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode recomeçar agora e fazer um novo final."
Chico Xavier
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Filhos adotivos; a verdade do amor
